Já estão surgindo as conseqüências da saída da atual senadora Marina Silva do comando do Ministério do Meio Ambiente. Foi aprovada, no Senado, na quarta-feira, 09/7, a Medida Provisória 422/08 que trata da legalização de áreas públicas da Amazônia invadidas sem licitação. Ou seja, legalizaram definitivamente a grilagem. E mais, ampliaram de 500 para 1.500 hectares o tamanho das áreas invadidas a serem legalizadas. É a oficialização, segundo os ambientalistas, do desmatamento.
Coincidentemente, a MP 422/08 foi aprovada na Câmara, em 13/5, horas depois da renúncia da então ministra Marina Silva. De volta ao Senado, após a aprovação da MP também nesta casa, a ex-ministra disse: "a medida não só legaliza aqueles que ocuparam terras ilegalmente no passado como abre um precedente para aqueles que estão invadindo agora e que vão invadir no futuro".
Uma outra conseqüência da saída da ministra é a probabilidade de manipulação dos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(Inpe) pelo governo. Informações sobre o desmatamento na Amazônia que eram divulgadas quinzenalmente, agora demorarão trinta dias. Segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia(MCT), a demora é para tornar a informação mais precisa. Já o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou em recente entrevista que a divulgação havia sido retida por ordem da Casa Civil.
O saudoso senador Jefferson Perez tinha razão quando afirmou, no seu último pronunciamento no Senado, que não tinha medo das ameaças externas sobre a Amazônia. O que ele temia eram as ameaças internas. A cobiça, o interesse pelo lucro rápido de fazendeiros e madeireiros.
Coincidentemente, a MP 422/08 foi aprovada na Câmara, em 13/5, horas depois da renúncia da então ministra Marina Silva. De volta ao Senado, após a aprovação da MP também nesta casa, a ex-ministra disse: "a medida não só legaliza aqueles que ocuparam terras ilegalmente no passado como abre um precedente para aqueles que estão invadindo agora e que vão invadir no futuro".
Uma outra conseqüência da saída da ministra é a probabilidade de manipulação dos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(Inpe) pelo governo. Informações sobre o desmatamento na Amazônia que eram divulgadas quinzenalmente, agora demorarão trinta dias. Segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia(MCT), a demora é para tornar a informação mais precisa. Já o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou em recente entrevista que a divulgação havia sido retida por ordem da Casa Civil.
O saudoso senador Jefferson Perez tinha razão quando afirmou, no seu último pronunciamento no Senado, que não tinha medo das ameaças externas sobre a Amazônia. O que ele temia eram as ameaças internas. A cobiça, o interesse pelo lucro rápido de fazendeiros e madeireiros.