Compare Produtos, Lojas e Preços

sábado, 31 de outubro de 2009

PERDENDO O BONDE MAIS UMA VEZ?

Algumas questões poderiam ser respondidas pelo Depto. de Relações Públicas da Petrobrás. Por exemplo, qual será o custo do barril de petróleo, considerando-se os custos com a segurança e os custos com a extração profunda? Outra informação é a quantidade de barris produzida por empregado. Poderiam ser veiculadas, para comparação, as mesmas informações com relação às empresas internacionais.

A realidade é que o mundo desenvolvido está investindo pesadamente em alternativas renováveis de energia. Enquanto aqui, com o ti-ti-ti do Pré-Sal, o álcool da cana já está tendo problemas. E as pesquisas com o álcool da celulose, muito mais eficiente que o álcool da cana e presente em qualquer capim, como será que estão? Se é que estão. Será que o governo e a Petrobrás apoiarão a produção de carros elétricos no país? Visando facilitar o abastecimento destes carros, será que existe algum programa para a implantação de postos de abastecimento de energia elétrica e de troca de baterias em nosso território?

O que pressinto é que esse petróleo sairá muito caro. E quando ele começar a jorrar a demanda no mundo todo será menor e os custos também. Mas até lá as eleições já se passaram e a política com os royalties já foi feita.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

SOSSEGO EM SÃO VICENTE

O governo do município de São Vicente quer acabar com a poluição sonora no centro da cidade. Recentemente, o secretário do Meio Ambiente afirmou que o sossego público é bom para a saúde. Que bom que ele pensa assim! Aliás, desconfio que o secretário não deve ter sido consultado à época da liberação do alvará de funcionamento da Casa de Shows Fantastic, localizada no outrora tranquilo Jardim Guassu. Não deve ter sido consultado, da mesma forma que não deve ter sido feito nenhum estudo prévio de impacto de vizinhança. Caso contrário, teriam detectado o incômodo que causariam aos vizinhos. Dentre eles, uma Casa de Repouso para pessoas idosas localizada na rua ao lado. Incômodo causado pela gritaria dos guardadores de carro, pelo som dos carros ao término dos shows na madrugada, pelo comércio excessivo de todo tipo de alimentos no entorno sem nenhuma fiscalizacão, pelo lixo nas ruas, etc...etc....

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

POVO FESTEIRO, GOVERNO FESTEIRO.

Em um século a população brasileira praticamente decuplicou. Saltou de aproximadamente 17 milhões, em 1.900, para 170 milhões, em 2.000. Quem vivenciou certamente irá lembrar os “90 milhões em ação”, em 1.970, na Copa do México. Os números não mentem, trinta anos depois a populaçào brasileira cresceu mais de 80%. Se considerarmos que no início da década de 60 o Brasil era um país de população predominantemente rural, no final do século o processo se inverteu. O êxodo para as cidades fez com que os municípios crescessem desordenadamente, com todas as consequências possíveis. Principalmente nas condições de moradia.
Para se ter uma ideia, só no Rio de Janeiro, entre 1.970 e 2.000, a quantidade de moradores de favela aumentou consideravelmente. Em 1.970, o censo apurou o equivalente, em números redondos, a 700 mil moradores de favela, para 3,7 milhões habitantes. Três décadas depois, em 2.000, apurou 1,1 hum milhão e cem mil moradores de favela, para 4,8 milhões de habitantes. Hoje, no Brasil todo, não existe um número preciso. Mas são milhões os moradores de favelas. São tantas as favelas que somos o terceiro país do mundo em quantidade.
Segundo alguns cálculos, se o processo de crescimento populacional e de favelização continuar no mesmo ritmo, em 2.020, seis anos após a Copa do Mundo e quatro após os Jogos Olímpicos, ambos os eventos a serem realizados em nosso país, a quantidade de favelados saltará para 55 milhões. Ou alguém duvida da utilização de recursos da área social, da educação ou da saúde para a reforma e construção de equipamentos esportivos superfaturados?
Foi o que aconteceu com a realização do Pan no Rio de Janeiro, estado que concentra uma grande quantidade de favelas e de esgoto sem tratamento que corre a céu aberto. São 20 mil toneladas por minuto que correm em direção às praias e lagoas cariocas. Lá, os equipamentos construidos para o Pan estão sendo subutilizados ou utilizados para outras finalidades. Isso por falta de programas, planejamento e por terem sido construidos muito afastados das zonas mais carentes. Segundo o TCU, existem ainda vários problemas com a prestaçào de contas. Aliás, o Tribunal de Contas da União, instituiçào de fiscalização que deveria ser fortalecida, até para apurar o que vem pela frente, já está sendo alvo de fritura.
A verdade é que somos um povo festeiro. E quem toma conta do nosso dinheiro sabe disso. Não importa se falta moradia, comida trabalho ou educação, alicerces para uma nação forte, pujante, inclusive no esporte. O que importa é fazer obras e fazer festa.