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sábado, 16 de abril de 2011

O MENINO QUE CONVERSA COM OS PÁSSAROS

Vamos chamá-lo de Amigão. O Amigão dos animais. Estou me referindo ao Alexandre, 9 anos, morador do Morro São Bento em Santos e que adora animais. E o seu amor não se limita somente ao cãozinho e aos dois gatinhos de estimação que possui. Tem interesse e afeição também pelos insetos. Através dele, por exemplo, fiquei sabendo que a libélula tem os maiores olhos dentre todos os insetos. E que é capaz de voar em todas as direções, tal qual um helicóptero. Uma outra característica da libélula, segundo o Amigão, é a sua voracidade por mosquitos. Ainda na condição de larva, o seu alimento são as larvas do mosquito. Principalmente do mosquito da dengue. E quando começa a voar, o mosquito alado passa a ser o seu alimento preferido. É a natureza em equilíbrio resolvendo os seu próprios problemas. E que bom que o Amigão sabe disso! Aliás, ele disse que quando for presidente da República vai reflorestar toda a nossa nação.. O Amigão sabe da importância das plantas para o equilíbrio da natureza. O Planeta tá precisando mesmo de presidentes amigões! Mas foi numa conversa com um passarinho que o Amigão me surpreendeu. Verdade! Eu ouvi e assisti o diálogo entre os dois. Foi na praia, próximo do Emissário Submarino. Tínhamos terminado o treino quando percebi o Amigão tentando ouvir um passarinho cantar. Logo depois, próximo de um coqueiro, imitou o canto do pássaro. Para minha surpresa e surpresa dos demais, o canarinho voou de onde estava e pousou na folha mais baixa de um coqueiro, bem próximo do Amigão. A seguir, entoou o seu canto que o Amigão logo respondeu. E ficaram assim por alguns minutos. Ao ir embora, já perto do Canal 1, o Amigão quis se despedir do seu amiguinho que tinha ficado para trás. Próximo de um outro coqueiro, fechou os olhos, ajeitou os lábios entre os dentes e caprichou no canto. Não demorou, o canarinho pousou cantando numa das folhas do coqueiro próximo do Amigão. E mais uma vez o diálogo entre os dois se fez presente. Diálogo regido pela sensibilidade característica e instintiva da criança que só os animais sentem e compreendem.
Que pena que a infância, assim como a natureza, também esteja sendo extinta!