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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

ÁRVORES TAMBÉM SÃO SERES VIVOS

Santos carece de árvores. Com exceção dos morros, não sei até quando, o restante da área insular do município está muito aquem da quantidade de área verde sugerida pela OMS, que é algo em torno de 15m2 por habitante. Na maioria dos bairros, a quantidade de área verde gira em torno de 1m2 por habitante. E as raras árvores existentes, basta um olhar mais atento, estão muito maltratadas. Em alguns pontos de táxi, pregos são fincados em seus troncos onde são pendurados sacos de lixo. Outras têm seus troncos pintados com cal. Existem aquelas que têm suas raizes cortadas nas reformas das calçadas e os espaços de terra que as circundam cimentados. Podas feitas com ferramentas inadequadas e fora de época. Árvores plantadas em covas rasas e sem a proteção de gradis. E existem também, infelizmente muitas, aquelas que sofrem a agressão mais brutal dos órgãos públicos, a poda em "V". Na realidade não é uma poda, é uma ação mutilatória por causa da rede de distribuição de energia.
Dizem que as árvores prejudicam a rede elétrica. Na realidade elas é que são as prejudicadas. Existe um sistema denominado de "rede compacta", cujo objetivo é agrupar em um só cabo todo aquele calhamaço de fios da rede convencional. Com isso a poda fica reduzida a um pequeno orifício por onde passa o cabo. Segundo os especialistas, além de evitar o processo mutilatório e extremamente danoso para o vegetal, os custos da manutenção da rede compacta é bem inferior ao da rede convencional.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

INFELIZMENTE O BUTÃO NÃO É AQUI

O Butão, um pequeno país localizado entre a China e a África, ao invés do PIB(Produto Interno Bruto), adotou a FIB(Felicidade Interna Bruta). Para isso mantém quase a metade do seu território preservada. Eles acreditam que todos os seres vivos se relacionam. E que após a morte, cada um deles retornará com uma outra forma. A ave na forma de humano, o humano na forma de ave, e por ai vai...Por isso também cuidam e preservam todos os seres vivos. Afinal, dizem eles, não sabemos se um animal maltratado ou abatido poderá retornar no lugar de um membro da nossa família. Para se ter uma ideia da preocupação da populaçào com a questão ambiental e com os animais, uma pequena comunidade não aceitou a energia elétrica convencional porque os fios poderiam atrapalhar o voo de uma espécie de garça daquela região. Resistiram sem a energia elétrica convencional por um bom tempo até a chegada da energia solar.

FEZES SÃO FEZES

Por que as pessoas insistem em jogar as fezes dos seus cães ao lado das árvores e dentro dos canais? Mesmo recolhendo e jogando na lixeira, elas vão parar no aterro sanitário. Alguém tem ideia da quantidade de cães existente? Imagino que esteja se equiparando a de humanos. Consequentemente a quantidade de fezes é quase a mesma. Fezes são fezes. O que aconteceria se as fezes humanas fossem descartadas ao lados das árvores, nos canais ou que fossem parar no aterro sanitário? A grita seria geral. Não seria mais interessante recolher dos animais, levar para casa, jogar no vaso sanitário e acionar a descarga? Poucos sabem que a autonomia de voo de uma mosca é de aproximadamente 2 Km. Portanto...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

ÁGUA

Não faz muito tempo, o então primeiro-ministro inglês, Tony Blair, veio a público pedir para que os cidadãos ingleses economizassem água. Fez até uma sugestão que soou estranha aos menos acostumados aos rigores da economia. Sugeriu que as pessoas não acionassem a descarga após um simples xixi.
Estamos vivenciando mais uma temporada, época em que os chuveiros das praias de Santos são utilizados intensamente. E todo ano é a mesma coisa. Chuveiros quebrados com a água jorrando horas a fio, barraqueiros enchendo barris imensos, crianças acionando os chuveiros a todo instante para brincar, pessoas lavando pranchas, roupas, bicicletas e até motocicletas, etc.
Era um sábado, três crianças brincavam com a água dos chuveiros instalados em frente à feira de artesanato na Praia do Boqueirão. Fiquei ali observando durante uns quinze minutos. A seguir, dirigi-me às mães das crianças abordando o assunto com educação. A resposta veio direta e questionadora: Qual é o problema? O que o senhor tem a ver com isso? Diante da reação, procurei um guardião e relatei o caso.
Estamos falando do bem mais precioso do universo, a água. A questão é definir até que ponto é justo utilizar agora recursos que podem comprometer as futuras gerações.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

FATO MARCANTE DE 2009

Alguns fatos marcaram o ano de 2009. Um deles, embora pareça irrelevante, despertou a minha atenção. Trata-se de um documento apresentado pelo vereador José Lascane em uma das últimas sessões de 2009 da Câmara Legislativa de Santos. Poderia ter sido mais um documento em meio às centenas, milhares que são apresentados anualmente. Mas não foi. O vereador, visivelmente emocionado, referiu-se às podas realizadas em algumas árvores do bairro da Vila Belmiro. Comentou que foram destruidos vários ninhos de pássaros, cujos filhotes tinham sido esmagados pelas rodas dos próprios caminhões que estavam realizando o serviço.
Cabe aqui algumas ponderações. Certamente não foi um ato premeditado de crueldade. Ninguém em sã consciência exterminaria a vida de seres vivos. Refiro-me às árvores e aos pássaros. Tão seres vivos quanto os cães, gatos e humanos. O que ocorreu foi consequência da mais absoluta incompetência e ignorância, pois esta não é uma época propícia para podas. Estamos numa época em que as árvores estão florescendo e frutificando e os pássaros se aninhando e se acasalando. O período indicado é o do inverno. Para facilitar a memorização, os especialistas recomendam que é só lembrar dos meses que não têm a letra "r" em seus nomes. Recomendam também que as podas sejam feitas com as ferramentas adequadas e com a aplicação de produtos que protejam a árvore de agentes nocivos.
É o mínimo que podemos fazer pela quantidade mínima de árvores que temos.