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sábado, 19 de dezembro de 2009

FRACASSO EM COPENHAGUE

Não chegaram a lugar nenhum as discussões realizadas em Copenhague sobre mudanças climáticas. Já era previsto. Seja no âmbito internacional, federal, estadual ou municipal, o que prevalece é a voracidade destruidora do capitalismo. Destrói, com o seu poderio econômico, a dignidade dos "governantes" e como consequência aniquila o nosso Planeta. Ou alguém imagina que é o presidente dos EUA que dá a última palavra neste assunto. Não, não é. Lá, a palavra final vem da indústria bélica, da indústria do petróleo e da indústria automotiva. E se trouxermos a discussão para o nosso território, não é diferente. Estamos vendo os nossos Cerrados e a Floresta Amazônica sendo dizimados para a criação de pastos e da monocultura da soja. E nem por isso o brasileiro come carne de segunda por menos de R$ 10,00 o quilo. Muito menos soja. E se trouxermos o assunto para a nossa realidade, aqui em Santos as discussões sobre o Plano Diretor foram adiadas . Enquanto isso, os vários projetos para a construção de espigões estão sendo aprovados a toque de caixa. Nossa cidade está sendo violentamente verticalizada, cimentada e asfaltada.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

CIDADÃOS NA RUA

Moradores de rua ou cidadãos na rua? Guardadas as proporções, é o mesmo que "meninos de rua". O correto seria "meninos na rua". E a pergunta que se deve fazer é por que ambos estão na rua? Quais os motivos que os levam a viver na rua? Os primeiros, quase que na sua totalidade, são vítimas do álcool. Droga que aniquila a saúde, a autoestima e desagrega as famílias. As consequências são adultos, meninos, famílias inteiras na rua. Um outro agravante, bem lembrado pelo coordenador do Fórum da Cidadania, Uriel, é o fator Pré-Sal. Na minha modesta opinião, há muito ufanismo em torno do assunto. Muita propaganda. E mesmo que tudo o que estão anunciando se concretize, a prioridade de emprego é para os mais qualificados. O problema é que a propaganda excessiva já está atraindo muita gente sem qualificação profissional. Foi o mesmo fenômeno que ocorreu em Macaé. Sem moradia, surgiram as favelas. Sem emprego, surgiram as atividades informais, o tráfico, a violência, etc...etc...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

"A ERA DO COMBUSTÍVEL FÓSSIL JÁ ERA..."

Quem tem coragem de questionar o ufanismo em torno do pré-sal? Será que não estão exagerando na propaganda? Afinal, o petróleo se encontra a uma profundidade em torno dos 7 mil metros. Infelizmente é essa a realidade. Com isso o álcool da cana está sendo esquecido e os usineiros já estão chiando. As pesquisas sobre o álcool da celulose, muito mais eficiente e presente em qualquer capim, estão sem receber recursos(declaração do coordenador do grupo de pesquisadores da UNICAMP). E o carro elétrico? Cuja infraestrutura e fabricação já receberam sinal verde na Europa, nos EUA e no Japão. Neste país os carros elétricos já estão sendo produzidos e comercializados. O que deixa claro que a demanda por combustíveis fósseis será menor no futuro. O que também deixa claro que o preço deverá cair. Resta aguardar a extração do "nosso petróleo" lá dos "cafundós" do oceano, do sal e da terra pra sabermos o quanto vai custar o barril e o litro da gasolina.
Para se ter uma ideia, o aluguel diário dos equipamentos que vão fazer a perfuração inicial custa cerca de 500.000 dólares. Outro obstáculo tecnológico e financeiro são os dutos que conectam os poços às unidades de produção na superfície. Calcula-se que cada metro desse duto custe aproximadamente 1.000 dólares. Cada conjunto de dutos é conhecido como riser. E cada plataforma para ser conectada tem de ter entre 20 e 50 risers. Com um pouco de ginástica mental não é difícil calcular o valor de cada riser.
E a plataforma petrolífera que tem um tempo de fabricação muito longo? Esta então , além de pesar cerca de 63.000 toneladas, pode custar mais de 400 milhões de dólares. Se considerarmos no cálculo do preço o custeio do gigantismo da Petrobrás, a batata assa de vez. Dizem que só o Departamento de Relações Públicas desta empresa é maior do que muitas multinacionais.

domingo, 29 de novembro de 2009

PROGRAMAS DE APOIO AO ATLETISMO

O Governo do Estado de São Paulo lançou um programa de incentivo aos polos de atletismo. Ótimo! Mas só que o critério utilizado para direcionar a sua ajuda é o do ranking da Federação Paulista de Atletismo. O que não é, na minha modesta opinião, o ideal. A instituição, para constar no ranking , precisa ser federada, o que não é tão simples e barato. Paralelamente, o governador sancionou uma lei de auxílio ao estudante atleta. Cujo critério para direcionamento do incentivo é o da performance nas competições estudantis promovidas pelo próprio governo estadual.
Ora, se a Caixa Econômica Federal também tem um programa de incentivo às instituições que disseminam o atletismo, cujo critério para o direcionamento da ajuda também é o do ranking da Federação, nada mais coerente do que o Governo do Estado direcionar a sua ajuda para as escolas. Transformá-las em verdadeiros polos, em matrizes do atletismo brasileiro. Bastaria substituir o ranking da Federação por um ranking das competições estudantis promovidas pelo próprio Estado.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

FRASES COERENTES

Duas frases pronunciadas por dois futebolistas famosos marcaram muito a minha vida. Uma, pronunciada durante uma comemoração pelo nosso eterno Pelé. Confesso que não lembro se foi quando converteu o seu milésimo gol, ou se foi ao final da partida contra a Itália, na Copa de 1970, no México. Mas a frase eu lembro muito bem: "Temos de cuidar mais das nossas crianças". A outra foi do Gerson, o "Canhotinha de Ouro", durante um comercial de um determinado produto. A frase: "Gosto de levar vantagem em tudo, cerrrrto!".
Ambos estavam certos nos seus pronunciamentos. Tão certos que as consequências são cada vez mais evidentes. A violência disseminada entre as camadas cada vez mais jovens da sociedade é um reflexo da inércia das instituições responsáveis pelas nossas crianças. Dentre elas, a família. Por outro lado, levar vantagem em tudo tornou-se comum. Tão comum que ser honesto passou a ser brega. A prova foi um programa de TV fazer chacota de um cidadão humilde que devolveu o dinheiro que recebeu a mais em um caixa eletrônico. O repórter fazia questão de realçar as entrevistas daqueles que afirmavam que não devolveriam. E pior, o âncora do programa também afirmou que não devolveria.
Aqui em Santos terminou o Campeonato Santista de Pedestrianismo. Tornou-se comum as pessoas se inscreverem e pedirem para outras correrem em seus lugares. Com isso têm acesso aos pódios, às premiações e a pontuação no campeonato. E o fazem descaradamente, certamente com o apoio de toda a equipe. Acabam frustrando aqueles que treinam todos os dias, com chuva ou com sol.

sábado, 31 de outubro de 2009

PERDENDO O BONDE MAIS UMA VEZ?

Algumas questões poderiam ser respondidas pelo Depto. de Relações Públicas da Petrobrás. Por exemplo, qual será o custo do barril de petróleo, considerando-se os custos com a segurança e os custos com a extração profunda? Outra informação é a quantidade de barris produzida por empregado. Poderiam ser veiculadas, para comparação, as mesmas informações com relação às empresas internacionais.

A realidade é que o mundo desenvolvido está investindo pesadamente em alternativas renováveis de energia. Enquanto aqui, com o ti-ti-ti do Pré-Sal, o álcool da cana já está tendo problemas. E as pesquisas com o álcool da celulose, muito mais eficiente que o álcool da cana e presente em qualquer capim, como será que estão? Se é que estão. Será que o governo e a Petrobrás apoiarão a produção de carros elétricos no país? Visando facilitar o abastecimento destes carros, será que existe algum programa para a implantação de postos de abastecimento de energia elétrica e de troca de baterias em nosso território?

O que pressinto é que esse petróleo sairá muito caro. E quando ele começar a jorrar a demanda no mundo todo será menor e os custos também. Mas até lá as eleições já se passaram e a política com os royalties já foi feita.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

SOSSEGO EM SÃO VICENTE

O governo do município de São Vicente quer acabar com a poluição sonora no centro da cidade. Recentemente, o secretário do Meio Ambiente afirmou que o sossego público é bom para a saúde. Que bom que ele pensa assim! Aliás, desconfio que o secretário não deve ter sido consultado à época da liberação do alvará de funcionamento da Casa de Shows Fantastic, localizada no outrora tranquilo Jardim Guassu. Não deve ter sido consultado, da mesma forma que não deve ter sido feito nenhum estudo prévio de impacto de vizinhança. Caso contrário, teriam detectado o incômodo que causariam aos vizinhos. Dentre eles, uma Casa de Repouso para pessoas idosas localizada na rua ao lado. Incômodo causado pela gritaria dos guardadores de carro, pelo som dos carros ao término dos shows na madrugada, pelo comércio excessivo de todo tipo de alimentos no entorno sem nenhuma fiscalizacão, pelo lixo nas ruas, etc...etc....

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

POVO FESTEIRO, GOVERNO FESTEIRO.

Em um século a população brasileira praticamente decuplicou. Saltou de aproximadamente 17 milhões, em 1.900, para 170 milhões, em 2.000. Quem vivenciou certamente irá lembrar os “90 milhões em ação”, em 1.970, na Copa do México. Os números não mentem, trinta anos depois a populaçào brasileira cresceu mais de 80%. Se considerarmos que no início da década de 60 o Brasil era um país de população predominantemente rural, no final do século o processo se inverteu. O êxodo para as cidades fez com que os municípios crescessem desordenadamente, com todas as consequências possíveis. Principalmente nas condições de moradia.
Para se ter uma ideia, só no Rio de Janeiro, entre 1.970 e 2.000, a quantidade de moradores de favela aumentou consideravelmente. Em 1.970, o censo apurou o equivalente, em números redondos, a 700 mil moradores de favela, para 3,7 milhões habitantes. Três décadas depois, em 2.000, apurou 1,1 hum milhão e cem mil moradores de favela, para 4,8 milhões de habitantes. Hoje, no Brasil todo, não existe um número preciso. Mas são milhões os moradores de favelas. São tantas as favelas que somos o terceiro país do mundo em quantidade.
Segundo alguns cálculos, se o processo de crescimento populacional e de favelização continuar no mesmo ritmo, em 2.020, seis anos após a Copa do Mundo e quatro após os Jogos Olímpicos, ambos os eventos a serem realizados em nosso país, a quantidade de favelados saltará para 55 milhões. Ou alguém duvida da utilização de recursos da área social, da educação ou da saúde para a reforma e construção de equipamentos esportivos superfaturados?
Foi o que aconteceu com a realização do Pan no Rio de Janeiro, estado que concentra uma grande quantidade de favelas e de esgoto sem tratamento que corre a céu aberto. São 20 mil toneladas por minuto que correm em direção às praias e lagoas cariocas. Lá, os equipamentos construidos para o Pan estão sendo subutilizados ou utilizados para outras finalidades. Isso por falta de programas, planejamento e por terem sido construidos muito afastados das zonas mais carentes. Segundo o TCU, existem ainda vários problemas com a prestaçào de contas. Aliás, o Tribunal de Contas da União, instituiçào de fiscalização que deveria ser fortalecida, até para apurar o que vem pela frente, já está sendo alvo de fritura.
A verdade é que somos um povo festeiro. E quem toma conta do nosso dinheiro sabe disso. Não importa se falta moradia, comida trabalho ou educação, alicerces para uma nação forte, pujante, inclusive no esporte. O que importa é fazer obras e fazer festa.

domingo, 20 de setembro de 2009

DEMOLIR PARA PLANTAR ÁRVORES

Na cidade de São Paulo já existem estudos visando a demolição de prédios antigos e degradados, obras inacabadas e de obras que com o tempo tornaram-se obsoletas, para a permeabilização do solo e o plantio de árvores. Tudo isso para tornar mais humana, agradável e minimizar os problemas com enchentes numa cidade extremamente verticalizada, imperbeabilizada e quente. Aliás, essa é uma prática que já está acontecendo em alguns países.
Fiz esse comentário para abordar um assunto discutido recentemente na Câmara de Santos. Foi votada e aprovada a proposta do Executivo de vender um terreno público localizado em um dos bairros mais nobres da cidade. O argumento de alguns vereadores que defenderam a proposta foi de que o terreno está servindo para descarte de lixo, que o formato do terreno dificulta a construçào de qualquer tipo de obra, etc. Já os dois opositores foram enfáticos em acusar o preço extremamente baixo em relação aos preços de mercado. Um deles comentou sobre o lucro que a empresa compradora e proprietária dos terrenos ao lado terá com a anexaçào dessa nesga de terra para a expansão do seu projeto de construçào.
Entendo, até pela ínfima arborizaçào existente na área insular do município, que deveríamos plantar árvores naquele terreno. Naquele e em todos os outros que puder ser feito. Uma cidade com os seus edifícios cada vez mais altos e sem a necessidade de contrapartidas ambientais, com o surto de casas sobrepostas sem espaço algum permeável e com as suas praças sendo ocupadas por igrejas, escolas e equipamentos esportivos, definitivamente não está sendo planejada para o futuro. Pressinto que não muito lá na frente vamos ter que demolir para plantar árvores.

ÁRVORES

A Prefeitura de Peruíbe pretende plantar a maior quantidade de árvores em 40 segundos num só dia. E o dia escolhido não poderia ser outro, 21 de setembro, o Dia da Árvore. A ideia é fazer constar no Livro dos Recordes, assim como fez o município de Maringá no Paraná. Lá, em um só dia, plantaram mais de vinte mil árvores. Fato que envolveu toda a sociedade, propiciando um amplo projeto de arborização daquele município. Governo, empresários e população envolvidos, não houve maiores problemas para tocar o projeto. Um exemplo foi a parceria com a empresa fornecedora de energia elétrica. Para acabar com uma das agressões mais violentas cometidas contra as árvores, a empresa substituiu toda a rede convencional de transmissão por redes compactas. Estas, além de terem um custo de manutenção bem mais em conta, evitam as terríveis podas em “V”, verdadeiras mutilações.
Ao contrário do que dizem, não são as árvores que prejudicam a rede elétrica. É a rede elétrica que prejudica as árvores. Com a nova tecnologia de redes compactas, as podas ficam limitadas a um pequeno vão, o suficiente para passar o cabo. Outras agressões também são cometidas e não são poucas. Árvores com os seus troncos pintados com cal, árvores em pontos de táxi com pregos fincados em seus troncos para pendurar sacos de lixo, podas fora de época e sem as ferramentas certas e os cuidados para evitar a infestação de agentes nocivos, podas de raízes, etc...etc...

sábado, 19 de setembro de 2009

RECURSOS DO PRÉ-SAL

Existem estudos que comprovam que é perfeitamente viável financeiramente(com os novos recursos do pré-sal, então...) o pagamento de R$ 1.000,00 anuais por hectare de mata preservado. Ação que estancaria quase que imediatamente o desmatamento da Amazônia. Ação idêntica poderia ser implementada nas áreas urbanas, com parte dos recursos beneficiando(o que poder ser através da isenção de impostos) quem mantiver áreas(quintais) arborizadas com vegetaçào primária ou secundária. Aliás, a Lei da Mata Atlântica diz que áreas preservadas são de interesse público. Paralelamente, poder-se-ia construir escolas ambientais, em áreas preservadas, dotadas de alojamento, refeitório, laboratório e de equipes técnicas e de segurança. Tais escolas receberiam periodicamente alunos das escolas da região, os quais, em contato com a natureza, participariam de várias pesquisas afins. A ludicidade e o espírito de aventura propiciado por alguns dias em meio à natureza seria inesquecível e enriquecedor para todos. Certamente esses alunos jamais esqueceriam essa experiência, fato que os transformaria naturalmente em defensores do meio ambiente.

sábado, 29 de agosto de 2009

DIREITO À MORADIA

A justificativa mais recorrente da verticalização do nosso município sempre foi o deficit habitacional. Pois bem, o município continua sendo verticalizado, os edifícios cada vez mais altos e o deficit habitacional cada vez maior, principalmente entre os mais pobres. O que é facilmente comprovado pela proliferação de favelas e pela quantidade de moradores em situação de rua.
O Poder Público chamou para si a responsabilidade pela construção das habitações sociais. Porém, não vem dando conta do recado. E por que não consegue suprir o deficit? Não tem espaço e os existentes são muito caros, apontam os especialistas.
A realidade é que a iniciativa privada sempre privilegiou as habitações de luxo. Na melhor das hipóteses, as habitações para a classe média alta. O detalhe é que a maioria desses empreendimentos também é financiada com recursos públicos. O povo acaba fomentando o luxo de uma minoria, e pior, a ocupação dos poucos espaços existentes. Consequentemente, supervalorizando o metro quadrado dos terrenos. O que acaba inviabilizando a construção de moradias para si próprio.
Na Inglaterra, quem constrói apartamentos de luxo é obrigado a construir no mesmo terreno apartamentos sociais. A medida visa conter a proliferação de guetos, de favelas e incentivar o convívio social.
Confesso que não sei se é essa a solução para os nossos problemas. O que sei é que cabe ao governo conciliar interesses, resolver problemas, não beneficiar sempre as minorias influentes, poderosas.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

FERNANDINHO SUPERAÇÃO




Para um negro e deficiente físico, numa sociedade excludente como a nossa, as dificuldades são imensas. A maioria não resiste e sucumbe. A maioria. Mas alguns persistem lutando até vencer. E vencem! Um exemplo é o nosso Fernandinho Superação.
Baiano, vítima de paralisia infantil, teve como sequela a perna direita paralisada. Decidiu vir para São Paulo aos dezoito anos, fincando raízes em Santos. Com o tempo, sedentário, as consequências do excesso de peso começaram a aparecer. Foi quando ouviu de um médico que poderia ficar confinado em uma cadeira de rodas. Situação que o fez aceitar o convite de um amigo e dar início às suas atividades esportivas. Iniciando na natação em mar aberto, após algum tempo de treinamento, participou de uma Travessia de 3 Km e nunca mais parou. Daí para as corridas de rua, biathlon e triathlon foi um pulo. E foram vários os títulos conquistados em todas essas modalidades.
Com braços fortes, resultado dos treinamentos de natação e das corridas com muletas, Fernandinho foi alvo do olhar clínico do técnico da Seleção Brasileira de Canoagem, Sebastian Cuattrin, também radicado em Santos. Convidado para praticar a modalidade, Fernandinho não hesitou em aceitar e logo estava se destacando. A tal ponto que foi convidado para treinar com a Seleção Brasileira no Rio de Janeiro. Em duas semanas de treinamento, tentou e conseguiu o índice para o Campeonato Mundial de Canoagem no Canadá.
O restante todos já sabem, pude detalhar em um outro texto. O único detalhe que faltou ficou por conta do resultado. Fernandinho fez jus ao nome, superou-se e conquistou o título de Vice-Campeão Mundial de Canoagem. Mérito somente dele e dos apoiadores.

CANDIDATOS SENSÍVEIS À CAUSA AMBIENTAL

Surgiu um fato novo nas discussões sobre candidatos à presidência da República. Diante das circunstâncias, considero bastante positivo. Confesso que vejo com bons olhos o lançamento do nome da senadora Marina Silva. Defensora contumaz das causas ecológicas, a senadora tem o perfil ideal para a situação atual.
Consequência da exploração desumana que vem sofrendo, o planeta Terra está se exaurindo. Tudo para satisfazer o ego consumista de uma sociedade doutrinada para beneficiar as minorias mais ricas. E pior, com o aval de governos insensíveis. É necessário alterar comportamentos para retardar, diminuir a velocidade do processo irreversível de aquecimento global. E o Brasil tem importância ímpar neste processo.
Não sou um ambientalista, sou parte do meio ambiente. Mas não desse meio ambiente onde predomina o concreto e o asfalto. Onde terra no planeta Terra passou a ser coisa rara. Por este e vários outros motivos é que o nome da senadora Marina soou bem nos meus ouvidos. E tomara que nos estados e municípios surjam também candidatos que respeitem a mãe...a Mãe Terra!

sábado, 15 de agosto de 2009

ESPORTE: MOEDA CHINFRIM DE BARGANHA POLÍTICA

Tinha de acontecer no estado mais rico e desenvolvido da Federação, São Paulo, para mostrar a realidade do esporte nacional. Estou me referindo ao acidente que levou a óbito um cidadão que caminhava na pista do Ginásio Municipal da Ponte Grande, no município de Guarulhos, atingido na cabeça durante um treinamento de lançamento do martelo. O detalhe é que a gaiola de proteção, conforme fotografias publicadas na mídia, estava toda danificada. O outro detalhe foi a displicência da fiscalizaçào ao permitir o acesso de estranhos na pista durante os treinos.
A verdade é que se a metade das leis existentes fossem cumpridas, seríamos uma nação de primeiríssimo mundo. No esporte, bastaria seguir o que determina o Art. 217 da nossa Constituição e priorizar o desporto educacional, o desporto de base. Mas não é assim. A prioridade é o alto rendimento, dá mídia e é rentável(para alguns) financeiramente. E no embalo seguem os grandes eventos que também são extremamente rentáveis(para alguns) e dão visibilidade...política. Pura pirotecnia que tem o apoio da mídia. A realização do Pan foi um exemplo desse modelo. Gastou-se dez vezes mais do que havia sido projetado no início e o verdadeiro resultado deu-se em Pequim. E os equipamentos construidos, estão sendo aproveitados? Por quem? Há manutenção? Agora vem a Copa de 2014 e querem trazer uma Olimpíada. Preparem os bolsos para a construção e reforma de estádios que ficarão às moscas, deteriorando-se até acabar. Ou serão emprestados p/algum empresário amigo do rei. Ao povo, resta pagar as contas...até para rezar...

domingo, 9 de agosto de 2009

PIOR, IMPOSSÍVEL!

A matéria veiculada na Revista Veja desta semana confirmou o que eu já desconfiava. Estranhei quando o Presidente Lula recuou e deixou de apoiar abertamente o Senador José Sarney. Entrevistado recentemente, o presidente disse que não votou em Sarney para senador e muito menos para a presidência do Senado. Que aquele era um problema para ser resolvido pelos senadores.
Foi um recuo estratégico para dar a impressão de que ele, mais uma vez, não sabia e não tinha nada a ver com o que aconteceria a seguir. Tal qual o recuo do mar que antecede um tsunami, o recuo do presidente antecedeu o ataque da tropa de choque que defende José Sarney. Acontece que ele não só sabia, como esteve no comando de todo o estratagema. Tudo meticulosamente planejado, urdido nos bastidores podres da política de cooptação, de acuação, do constrangimento e da ameaça.
O plano teve início com a ausência das assinaturas dos senadores do PT, exceto de Tião Viana, Flávio Arns e Augusto Botelho, na carta que pedia o afastamento de Sarney. Logo depois, sem nenhuma contestação do PT, o "Conselho de Ética" arquivou todos os processos contra Sarney. Tudo isso para que o PMDB não levasse adiante as ameaças de engrossar na CPI da Petrobrás. E não engrossou. O relator Romero Jucá(PMDB), apresentou um plano que não dá margens para investigações que possam comprometer o governo.
Após as estratégias administrativas, vieram as estratégias de ataque visando constranger, acuar os opositores. Com o confronto os ânimos se alteraram, pondo à mostra a realidade fétida de um organismo podre. É o petróleo servindo de combustível para acelerar a morte não só do Planeta, mas também da democracia e da ética. E o povo rezando...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O LADO BOM DE UM ORGANISMO PODRE

Acabei de assistir em rede nacional mais uma autópsia do organismo podre da política . Estou me referindo à pouca vergonha que toma conta do Congresso Nacional e, de certa forma, da política brasileira. Náuseas é o que eu estava sentindo até me deparar com o outro lado. O lado bom. O lado de quem paga os impostos que acaba sustentando esta Nação e toda aquela canalhada. O lado bom de quem se orgulha de ser brasileiro e ainda tem de literalmente correr atrás de recursos para representar o país no exterior. E isso com todas as dificuldades que um deficiente físico possa ter. Em que pese nunca e em tempo algum o esporte brasileiro teve tantos recursos.
O nosso Fernandinho Superação conseguiu o índice e vai representar o Brasil no Campeonato Mundial de Canoagem no Canadá. Vai, mas para conseguir treinou muito na água...e na terra também. Tudo começou através de um comunicado da Confederação Brasileira de Canoagem dizendo que as despesas da passagem seriam por conta do atleta. Feito os cálculos, o valor girava em torno de R$ 3.000,00. Foi quando teve início a peregrinação do paratleta. Procurou primeiro os órgãos oficiais que tratam do esporte no município de Santos, local onde reside.Tendo a solicitação negada por falta de recursos, através da intervençào do Vereador Duppre e de uma reportagem da TV Tribuna, conseguiu o apoio da Empresa Transbrasa que se prontificou em pagar as passagens. O que foi feito.
Aliviado, pensando que tivesse resolvido o problema, eis que o nosso atleta recebe mais um comunicado da Confederação Brasileira de Canoagem. Dessa vez solicitando mais um depósito para custear as despesas de estadia. Algo em torno de R$ 2.200,00. Com a data limite para o depósito se aproximando, a nova peregrinaçào do nosso Fernandinho foi ficando estressante. Aliviada somente quando procurou o setor de esportes do município de São Vicente que se comprometeu a liberar a verba em quinze dias. Com a garantia, o atleta conseguiu o valor emprestado de alguns amigos para poder viajar. Enquanto isso, vamos assistindo o circo dos horrores da política nacional e da natural e consequente incompetência dos nossos gestores esportivos.
Boa sorte, Fernandinho! E cante o Hino com louvor!

sábado, 1 de agosto de 2009

DEGRADAÇÃO AMBIENTAL

A Polícia Ambiental apreendeu 18 toneladas de palmito na região de Registro. Crime ambiental que deve ser combatido com leis mais duras e, principalmente, ser evitado com a presença mais efetiva da fiscalizaçào e através do monitoramento via satélite.
Dou como exemplo os serviços contratados pela Revista Veja de um satélite que monitora e detecta com precisão áreas invadidas e desmatadas em todo o litoral brasileiro. Recentemente, a revista publicou uma reportagem minuciosa de áreas desmatadas no litoral norte de São Paulo para a construção de barracos. Mostrou também áreas desmatadas para a construção de mansões e até de hotéis de luxo.
Eu não estou aqui defendendo quem degrada a natureza para colher e vender palmito. Além da degradação, existem os problemas higiênicos. É um crime que deve ser combatido e os culpados punidos. A pergunta que fica é se aqueles que derrubaram a mata para construir seus barracos, mansões e até hotéis serão punidos? Afinal, devem ter derrubado também alguns pés de palmito.

PREDOMINÂNCIA NOCIVA DO FUTEBOL

Tudo em demasia é prejudicial. Seja comendo algo, praticando alguma atividade física ou até falando. É, falando mesmo! Quem nunca se deparou com alguém que não para de falar? Você começa a falar sobre um determinado assunto e é constantemente interrompido. Na televisão, temos alguns exemplos. O Faustão é um deles. Outro exemplo de excesso, este na área do esporte, é a predominância do futebol em todas as discussões sobre o assunto. Não podemos esquecer que a televisão ainda é o maior agente de transformação cultural que existe.
Não hesito em afirmar que o futebol - tanto no aspecto social, quanto no aspecto esportivo - vem exercendo um grande poder de exclusão entre os jovens. No aspecto social, quantos jovens não deixam os estudos iludidos pelo sonho de jogar futebol? A maioria, frustrada por não alcançar seus objetivos, entra em depressão. Sem ânimo até para voltar a estudar, sequer pensa em praticar outras modalidades esportivas. Mesmo que tenha aptidão. É a situação de milhares, milhões de jovens por todo o país.
Se a solução para todos os nossos problemas está na educação, este assunto tem de ser considerado. Inclusive para os problemas relativos ao esporte.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

CAMINHÕES E CONGESTIONAMENTOS

O prefeito de São Paulo continua polemizando. Comprou briga com os profissionais do marketing e da propaganda, no final saiu ganhando, deixou a cidade com um novo visual. A seguir, continuou polemizando com a retirada dos caminhões e dos ônibus fretados do centro.
A verdade é que o Rodoanel foi concebido para tirar os caminhões do centro de São Paulo, o que vai acelerar a chegada deles aqui na Baixada. Bem ou mal, o Kassab tá agindo, tomando atitudes. E quem decide, incomoda grego ou troiano. A minha preocupação é com a nossa região. Não faz muito tempo, enfrentamos oito horas de congestionamento na entrada da cidade. Consequência do acúmulo de caminhões(e de empresas de transporte e pátios de conteiners) na Av. Nossa Sra. de Fátima. Com o Rodoanel, o fluxo de caminhões será maior, chegarão mais rápido. Sem falar nos paus velhos que estão sempre quebrando nas avenidas. Estamos preparados? Eis a questão!

terça-feira, 28 de julho de 2009

CONSIDERAÇÕES AMBIENTAIS

-Numa única árvore da Amazônia foram encontrados 1.200 tipos de besouros. Existem pesquisas que confirmam que a copa das árvores abriga 70% das espécies de uma floresta tropical.
-70% da madeira ilegal da Amazônia é destinada à construção civil. Desse total, metade vira estrutura de telhado. Eis um bom indicativo para se encontrar uma outra solução...
-Cerca de 95% dos brasileiros nunca viram um pau-brasil. Mas a madeira continua sendo exportada. É usada na confecção de arcos de violino, na Alemanha.
-O ritmo de desflorestamento no Brasil é 6 vezes superior à média mundial. Entre 2000 e 2005, o país foi responsável por 42% das florestas desmatadas no mundo.
-O rebanho bovino na Amazônia tem cerca de 90 milhões de cabeças. Considerando-se que cada boi necessita de aproximadamente 10.000m2 de pasto até o momento do abate, dá para calcular o quanto da floresta já foi abatida para a venda de madeira e a plantação de capim.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

FUPES

Já não é mais o Negrelli o Diretor- Presidente da Fundação Pró-Esporte de Santos - FUPES. Pediu demissão e não se sabe qual foi o motivo. O que se sabe é que a FUPES, faz tempo, perdeu a razão de existir. Tendo sido concebida para ter vida financeira própria, depende totalmente do Poder Público. A prova é o cargo de Departamento de Marketing, criado para captar recursos externos. O que parece não estar acontecendo. Aliás, os cargos de direção da Fundação não eram para ser remunerados. Pelo menos era essa a proposta inicial.

É bom que se diga que o surgimento da FUPES, de certa forma, sinalizou uma tendência oposta ao que determina a Constituição Federal, no seu Art. 217, que aponta o desporto educacional como prioridade dos investimentos públicos. É o mesmo que determina a Lei Orgânica Municipal, nos Artigos n”s: 216 e 218, acrescentando o incentivo ao esporte comunitário e ao esporte olímpico.

O fato é que os equívocos continuam ocorrendo, a prova foi o processo de escolha dos candidatos à presidência da FUPES. Em recente reunião do Conselho Municipal de Esportes, ao dar início à reunião para a escolha dos nomes a serem enviados ao Prefeito, o Presidente do Conselho perguntou quais conselheiros tinham indicações a fazer. Imediatamente, foram feitas três indicações, ou melhor, quatro. Uma delas declinou.

Ora, a Lei n”360, de 26/11/1999, Art. 8”, Parágrafo Segundo, diz: “O Diretor-Presidente será escolhido pelo Prefeito Municipal, a partir da lista tríplice, integrada por eleitos pelo Conselho Municipal de Esportes”. E o Parágrafo Terceiro, diz: “Poderá ser eleito para integrar a lista tríplice, mencionada no Parágrafo Segundo, qualquer pessoa, membro ou não do Conselho Municipal de Esportes”. Ou seja, em nenhum momento o processo de indicação de nomes, através de conselheiros, é mencionado. Deduzindo-se que qualquer pessoa pode apresentar o seu próprio nome. O que acaba não acontecendo por constrangimento.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

PASTO AMAZÔNICO

(O texto abaixo foi publicado no site do Greenpeace)
O Greenpeace lançou na semana passada o relatório “A Farra do Boi na Amazônia” apontando a relação entre empresas frigoríficas envolvidas com desmatamento ilegal e trabalho escravo com produtos de ponta comercializados no mercado internacional. Para piorar, o governo brasileiro financia e tem participação acionária nas principais empresas pecuárias que atuam na Amazônia. O frigorífico Bertin é uma das empresas apontadas pelo Greenpeace como responsáveis pela compra de gado de fazendas que desmataram ilegalmente a floresta Amazônica, distribuindo no Brasil e mundialmente os produtos derivados dos animais.

Leia abaixo a nota dos supermercados:

ABRAS repudia práticas denunciadas pelo Greenpeace.

Wal-Mart, Carrefour e Pão de Açúcar suspendem as compras de fazendas envolvidas no desmatamento da Amazônia e deverão trabalhar com auditoria de origem.
Em reunião realizada na Associação Brasileira de Supermercados (Abras), no dia 8 de junho, as três maiores redes de supermercados do País, Carrefour, Wal-Mart e Pão de Açúcar decidiram suspender as compras das fazendas envolvidas no desmatamento da Amazônia. A ação é um repúdio às práticas denunciadas pelo Greenpeace. O setor supermercadista, através da Abras não irá compactuar com as ações denunciadas e reagirá energicamente.

A posição definida pelas empresas inclui notificar os frigoríficos, suspender compras das fazendas denunciadas pelo Ministério Público do Estado do Pará e exigir dos frigoríficos as Guias de Trânsito Animal anexadas às Notas Fiscais. Como medida adicional, as três redes solicitarão, ainda, um plano de auditoria independente e de reconhecimento internacional que assegure que os produtos que comercializam não são procedentes de áreas de devastação da Amazônia.

Trata-se de uma resposta conjunta setorial ao relatório publicado pelo Greenpeace no início deste mês e conseqüente ação civil pública do Ministério Público Federal do Pará, que encaminhou recomendação às grandes redes de supermercados e outros 72 compradores de produtos bovinos para que deixem de comprar carne proveniente da destruição da floresta.

CARRO ELÉTRICO

A Dinamarca pôs em prática um projeto que irá substituir a sua frota de carros à gasolina por carros movidos à energia elétrica. Em breve, os mais de 2 milhões de carros dinamarqueses funcionarão com a energia elétrica produzida pelos 750 moinhos de vento espalhados por todo o país. Pontos de abastecimento estão sendo espalhados em todo o território dinamarquês. O mais interessante, visando agilizar o abastecimento, baterias descarregadas poderão ser substituidas em alguns pontos por baterias carregadas. Processo que levará, no máximo, três minutos. O mesmo projeto já está sendo implantado também na Austrália. A produção dos carros está sendo tocada pela Renault-Nissan.
O mais interessante ainda é que o idealizador do projeto, o israelense Shai Agassi, pretende distribuir carros de graça para todos os motoristas. E a ideia é originalíssima. Como a energia elétrica é mais barata do que a energia produzida pelo petróleo, basta o comprador continuar pagando o preço da gasolina pelo elétron. A diferença é o pagamento do carro.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

PALIATIVOS


"A venda de automóveis de cor preta poderá ser proibida no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos. De acordo com o Conselho de Recursos do Ar (California Air Resources Board), instituição ligada ao governo local, carros pintados com essa cor absorvem mais calor que outros de outras tonalidades, e desta forma, obrigam os ocupantes a utilizar o sistema de ar-condicionado, o que acaba exigindo maior esforço do motor e, consequentemente, emitindo mais poluente.
O CARB propôs novas regulamentações que obrigariam os fabricantes de automóveis a utilizar tintas de cores que refletem ao menos 20% dos raios do sol. Estas propostas entrariam em vigor a partir de 2016, com período de assimilação a partir de 2012. Os fabricantes de tintas automotivas já anunciaram que estão trabalhando em cores com diferentes pigmentações de preto, que possam absorver menos calor do que as tintas atuais. No entanto, estas empresas afirmam que é quase impossível atingir a meta proposta pelo conselho. Isso resultaria na proibição das vendas de carros pretos na Califórnia, estado governado atualmente pelo ator Arnold Schwarzenegger, de origem austríaca.'
Notícia veiculada no Estadão, deixa claro a paranóia dos governos diante do caos ambiental que eles mesmos provocaram. Governos desumanos, sempre voltados para a coisa material, com o automóvel eternamente no topo da pirâmide de prioridades, hoje se encontram perdidos em paliativos.

terça-feira, 21 de abril de 2009

O CAOS É A SOLUÇÃO

Tudo gira em torno da indústria automotiva. Um exemplo é a nossa cidade. Em Santos os bondes foram extintos em função dos ônibus. A verdade é que o bonde era o transporte mais barato, não poluente, pontual, saudável e o mais rápido que existia. Não enfrentava congestionamentos. Lembro do meu pai acertando as horas na passagem do Bonde 1. E o que nós temos hoje ? Temos um transporte caro, vagaroso, insalubre, poluente, estressante e frequentemente lotado. Isso porque os ônibus disputam o mesmo espaço com os automóveis. Outra prioridade nacional e mundial.
Vamos analisar friamente esse monstrengo de quase uma tonelada, muitos automóveis pesam muito mais, que são utilizados para transportar uma pessoa de 65 kg, em média. É certo que essa média de peso por pessoa tem aumentado muito ultimamente. Justamente por não utilizarmos mais as pernas, o meio de locomoção natural e cada vez mais desprezado. E o resultado é uma sociedade obesa, estressada e com todos os problemas de saúde consequentes. Principalmente os problemas cardíacos e respiratórios.
Eu costumo dizer que a omissão e a conivência dos governos faz gerar o caos. E é ele, o caos, que acaba indicando o rumo. Boa parte dos trilhões de dólares e euros, destinados a conter e a reverter o processo de recessão, será destinada às pesquisas de novas fontes de energias alternativas. Isso quer dizer que estamos chegando ao fim de uma era. A era dos combustíveis fósseis. E, junto com ela, o fim dos carrões. Diante de um quadro assim, já estou achando que descobrimos tarde demais todas essas jazidas de petróleo.

domingo, 12 de abril de 2009

A CRISE É LOIRA

A crise financeira que assola o nosso planeta já tem os culpados. Um deles, ou melhor, uma delas é a minha sobrinha Ana Paula. Branca, loira, só não tem os olhos azuis. Portanto, deve ser culpada somente por uma parte dos problemas. Já os meus amigos maratonistas, Marcos Gozzi e a Keka, ambos de Santos, e a minha amiga também maratonista, Mariane, do Guarujá, estão fritos. Brancos, loiros e de olhos azuis, terão que se explicar para o mundo e correr muito.
É bom que todos saibam que quem fez essas acusações foi “o cara”. Ele mesmo, o presidente Lula. O mesmo que exige a cor da pele nos requerimentos de inscrição e de matrícula nas empresas e nos estabelecimentos de ensino públicos. E sabem o que aconteceu após o esdrúxulo e infeliz comentário? Absolutamente nada. Ou melhor, todos acharam graça e aplaudiram. Inclusive os loiros de olhos azuis. Vamos imaginar o contrário, como sugeriu um artigo recente no Estadão. O que aconteceria se um simples mortal culpasse os negros pelo atraso secular do nosso país? Ou até mesmo pela crise que estamos passando? No mínimo seria preso e responderia a um processo. É essa a diferença. Mas como foi “o cara” quem acusou os loiros, nada aconteceu.
Voltando ao assunto da cor da pele, conversando sobre cotas para negros nas universidades, duas amigas negras manifestaram-se contrárias. Pelo menos tem sido assim com a maioria das pessoas com quem eu converso sobre o assunto, inclusive as de pele negra. Estas têm se considerado desrespeitadas e discriminadas com a medida. São unânimes em afirmar que o que falta é um ensino público de qualidade. Um ensino que possa preparar todos, negros e brancos, para um vestibular e para a vida.
A verdade é que a origem dos problemas econômicos independe da cor da pele. Ela está na ausência de governo. Eu diria que está na escassez mundial de governantes reais, autênticos e menos imediatistas. De governantes capazes de enxergar e planejar a longo prazo e de tomar as atitudes corretas e necessárias. De governantes menos demagogos, tagarelas e tendenciosos.

sábado, 21 de março de 2009

ÁREAS VERDES NAS CIDADES

Existem pesquisas que apontam a elevação dos índices de stress, da violência e de problemas respiratórios, dentre outros, à carência de áreas verdes nas cidades. Os estudos apontam ainda a extinção de algumas espécies de animais, a alteração nos índices pluviométricos, as enchentes cada vez maiores, a deficiência na ventilação e a elevação da temperatura. Paralelamente, pesquisas apontaram índices mais elevados da temperatura, cerca de dez graus, em alguns bairros da Zona Norte da capital paulista em relação à Serra da Cantareira. Já no Morumbi, um dos bairros mais nobres e arborizados daquela capital, a diferença foi de apenas três graus.

Os dados são relevantes e precisam ser considerados por todos. Principalmente agora que estamos discutindo o Plano Diretor e a Lei de Uso e Ocupação do Solo do município de Santos. Considerando-se ainda que a recomendação da ONU é de doze metros quadrados de área verde por pessoa, a participação do COMDEMA - Conselho Municipal do Meio Ambiente nessas discussões é fundamental. O que deverá acontecer desta vez e de forma inédita, já que o assunto sempre foi discutido pelos conselhos do Desenvolvimento Econômico e do Desenvolvimento Urbano.

A expectativa é a de uma participação efetiva do COMDEMA. Sem radicalismo, o que serve para ambas as partes, mas responsável sob o ponto de vista ambiental. Afinal, é possível crescer sem se descuidar da questão ambiental. Basta estabelecer algumas compensações, uma delas é a criação de parques e ruas arborizadas. Outras compensações passam pelo aproveitamento da água da chuva, pela individualização dos hidrômetros, pelo aproveitamento da energia solar, pelo tratamento e reaproveitamento dos resíduos das obras, etc.

É certo que os custos ficarão mais altos. Mas nada justifica os custos ambientais, sociais e da saúde do nosso povo e do nosso planeta.

domingo, 8 de março de 2009

TECNOLOGIA AMBIENTAL

Existe uma parcela da sociedade que entende que os problemas ambientais serão resolvidos através do desenvolvimento tecnológico. Ao ser indagado sobre o assunto, o ex-presidente dos Estados Unidos, George Bush, concordou plenamente. Para essas pessoas, há muito exagero envolvendo a questão ambiental. Entendem que não há motivo para tanta preocupação.
Como era de de se esperar, o município de Santos não poderia permanecer indiferente diante de um assunto tão importante e palpitante. Na vanguarda, Santos sai estrategicamente na frente. Continua mantendo um engenheiro civil no comando da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e outro na presidência do COMDEMA(Conselho Municipal do Meio Ambiente), enquanto cria a Secretaria de Ciência e Tecnologia. Para esta, o comando caberá a um biólogo.
São as previsões do filósofo George Bush ganhando forma.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A ORIGEM DAS CRISES FINANCEIRA E AMBIENTAL

Os editoriais do Jornal A Tribuna de domingo, 15/2, se complementam. Em um deles, o assunto refere-se à liminar concedida pelo ministro César Peluzzo, do STF, reconhecendo o Executivo, e não o Judiciário, como o único responsável pela autorização e pela fiscalização ambiental das suas obras. A seguir, o edital é claro e direto quando menciona a responsabilidade dos conselhos ambientais e da importância de que sejam bem equipados e livres de ingerências politicas. No outro edital, o assunto refere-se à precária arborização do nosso município e à importância das árvores para amenizar o calor cada vez mais intenso. Aliás, árvores que também atraem pássaros, aumentam a taxa de umidade do ar, diminuem a incidência de ruidos, de poeira e absorvem o gás carbônico da atmosfera.
No seminário ocorrido sábado, 14/2, na UNISANTOS, cujo assunto foi a revisão do Plano Diretor do município de Santos, mencionei a ausência e a importância do Conselho do Meio Ambiente também na condução das discussões. Atualmente as discussões são feitas tendo à frente o Conselho do Desenvolvimento Urbano e o Conselho do Desenvolvimento Econômico. Sugeri, inclusive, que o título fosse alterado para Plano Diretor Ambiental. Afinal, das discussões às construções, tudo acontece no ambiente. Inclusive as crises econômica e ambiental.
Se analisarmos bem, veremos que ambas as crises têm a mesma origem. Nasceram da volúpia pelo crescimento a qualquer custo. Custo ambiental altíssimo que aumenta na medida em que necessitamos de mais e mais matéria prima e de espaço para crescer. Ao mesmo tempo em que entupimos o nosso planeta com quantidades incalculáveis de lixo. A maior parte, lixo oriundo de produtos descartáveis, raiz do problema econômico também. Na ânsia de consumir, a sociedade acaba gastando mais do que pode tornando-se inadimplente.
O problema é que o atual momento pode gerar uma situação ainda mais adversa. Querendo retomar o crescimento, as questões ambientais poderão ser descartadas e menosprezadas ainda mais. O que só agravará a situação. Se não dá para parar de construir, contrapartidas ambientais têm de ser exigidas. Um outro exemplo pode vir do sistema viário com investimentos no transporte público, na construção de ciclovias e no alargamento e arborização das calçadas . É certo que diminuirão os espaços para os automóveis e a grita será geral, mas logo passa. Principalmente quando as pessoas perceberem os efeitos benéficos das caminhadas e de se pedalar uma bicicleta. Ganharão em qualidade de vida, assim como o governo também ganhará economizando com o sistema de saúde. Haverá também um incremento no comércio de bicicletas e de equipamentos para caminhadas. E o melhor é que o nosso planeta também ganhará um pouco mais de sobrevida.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

EDUCAÇÃO E RELIGIÃO PARA SALVAR O PLANETA

Fui abordado, recentemente, e não foi a primeira vez, por uma senhora que fez questão de ler e de me explicar uma mensagem bíblica. Conversamos, aproximadamente, durante vinte minutos. O suficiente para eu ficar sabendo também que aquela senhora era mãe de um ex-aluno meu. Enquanto conversávamos, pude perceber o empenho daquela mulher humilde, de origem simples, mas determinada e convicta da importância da sua missão.
No dia seguinte, plantando algumas árvores na Praça Rebouças, na Ponta da Praia, repreendi cinco adolescentes que estavam quebrando os galhos de uma amoreira para pegar alguns frutos. Todos alunos de escolas tradicionais daquele bairro. Ao perguntar se sabiam o que era fotossíntese, responderam de forma irônica que já tinham até ouvido falar sobre o assunto em alguma aula.
Lendo as manchetes dos jornais, fico sabendo que o desmatamento na Amazônia vem crescendo vertiginosamente; que o nosso Cerrado está sendo transformado em pastos e canaviais; que a maioria dos nossos municípios não dão um tratamento e uma destinação adequada para o lixo, tampouco se preocupam em aumentar ou preservar suas áreas verdes; que os nossos oceanos estão sendo degradados assustadoramente, etc. Fatos que me fazem concluir que tudo isso é consequência da ganância, da insensibilidade e da ignorância ambiental da maioria dos nossos governantes.
Ora, ignorância é ausência de educação. Ferramenta capaz de resolver quase todos os problemas a longo prazo, inclusive os ambientais. Fico imaginando uma Escola Ambiental, dotada de toda infraestrutura, construída em meio à natureza, para receber periodicamente os alunos de todas as outras escolas do município. Os recursos técnicos e profissionais, somados ao sentimento de aventura, causariam um impacto altamente positivo na formação das crianças e dos jovens que passassem por lá. Por outro lado, imagino milhões de religiosos acreditando e disseminando, com a mesma fé com que acreditam e disseminam uma mensagem bíblica, a preservação do nosso Planeta. Não importa a religião. O que importa é que os resultados positivos aconteceriam a curto prazo, inclusive nas ações políticas.