Compare Produtos, Lojas e Preços

domingo, 9 de agosto de 2009

PIOR, IMPOSSÍVEL!

A matéria veiculada na Revista Veja desta semana confirmou o que eu já desconfiava. Estranhei quando o Presidente Lula recuou e deixou de apoiar abertamente o Senador José Sarney. Entrevistado recentemente, o presidente disse que não votou em Sarney para senador e muito menos para a presidência do Senado. Que aquele era um problema para ser resolvido pelos senadores.
Foi um recuo estratégico para dar a impressão de que ele, mais uma vez, não sabia e não tinha nada a ver com o que aconteceria a seguir. Tal qual o recuo do mar que antecede um tsunami, o recuo do presidente antecedeu o ataque da tropa de choque que defende José Sarney. Acontece que ele não só sabia, como esteve no comando de todo o estratagema. Tudo meticulosamente planejado, urdido nos bastidores podres da política de cooptação, de acuação, do constrangimento e da ameaça.
O plano teve início com a ausência das assinaturas dos senadores do PT, exceto de Tião Viana, Flávio Arns e Augusto Botelho, na carta que pedia o afastamento de Sarney. Logo depois, sem nenhuma contestação do PT, o "Conselho de Ética" arquivou todos os processos contra Sarney. Tudo isso para que o PMDB não levasse adiante as ameaças de engrossar na CPI da Petrobrás. E não engrossou. O relator Romero Jucá(PMDB), apresentou um plano que não dá margens para investigações que possam comprometer o governo.
Após as estratégias administrativas, vieram as estratégias de ataque visando constranger, acuar os opositores. Com o confronto os ânimos se alteraram, pondo à mostra a realidade fétida de um organismo podre. É o petróleo servindo de combustível para acelerar a morte não só do Planeta, mas também da democracia e da ética. E o povo rezando...

2 comentários:

Leonardo Moreira disse...

Enquantos nossos gladiadores lutam no coliseu ao invés de lutarem para melhorar o país, nós passamos por inocentes coelhinhos que ainda teimamos em crer na política do "rouba mas faz".
Dizer que não sabe de nada nunca será uma saída verdadeira, pois como em qualquer empresa o gerente sempre conhece os passos de seus subordinados, então porque na gestão do país seria diferente?
É muito bom que os erros sejam revelados para nós pobres mortais, mas vale lembrar que a função de nossos governadores não se resume a trocar tapas no planalto.

Ibrahim Tauil disse...

O problema maior, Leonardo, é que só com um movimento popular a coisa iria pros eixos. Acontece que todas as "lideranças" estão cooptadas. E não é só no âmbito federal, no municipal também. Lideranças sindicais, estudantis, MST e o cacete a quatro. No âmbito municipal, lideranças de sociedades de melhoramentos, conselhos, políticas, etc. À medida em que grande parcela da população também passa a receber(bolsa isso, bolsa aquilo) sem dar contrapartida, pode-se considerar cooptada. A pergunta que fica é se democracia é isso?