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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A ORIGEM DAS CRISES FINANCEIRA E AMBIENTAL

Os editoriais do Jornal A Tribuna de domingo, 15/2, se complementam. Em um deles, o assunto refere-se à liminar concedida pelo ministro César Peluzzo, do STF, reconhecendo o Executivo, e não o Judiciário, como o único responsável pela autorização e pela fiscalização ambiental das suas obras. A seguir, o edital é claro e direto quando menciona a responsabilidade dos conselhos ambientais e da importância de que sejam bem equipados e livres de ingerências politicas. No outro edital, o assunto refere-se à precária arborização do nosso município e à importância das árvores para amenizar o calor cada vez mais intenso. Aliás, árvores que também atraem pássaros, aumentam a taxa de umidade do ar, diminuem a incidência de ruidos, de poeira e absorvem o gás carbônico da atmosfera.
No seminário ocorrido sábado, 14/2, na UNISANTOS, cujo assunto foi a revisão do Plano Diretor do município de Santos, mencionei a ausência e a importância do Conselho do Meio Ambiente também na condução das discussões. Atualmente as discussões são feitas tendo à frente o Conselho do Desenvolvimento Urbano e o Conselho do Desenvolvimento Econômico. Sugeri, inclusive, que o título fosse alterado para Plano Diretor Ambiental. Afinal, das discussões às construções, tudo acontece no ambiente. Inclusive as crises econômica e ambiental.
Se analisarmos bem, veremos que ambas as crises têm a mesma origem. Nasceram da volúpia pelo crescimento a qualquer custo. Custo ambiental altíssimo que aumenta na medida em que necessitamos de mais e mais matéria prima e de espaço para crescer. Ao mesmo tempo em que entupimos o nosso planeta com quantidades incalculáveis de lixo. A maior parte, lixo oriundo de produtos descartáveis, raiz do problema econômico também. Na ânsia de consumir, a sociedade acaba gastando mais do que pode tornando-se inadimplente.
O problema é que o atual momento pode gerar uma situação ainda mais adversa. Querendo retomar o crescimento, as questões ambientais poderão ser descartadas e menosprezadas ainda mais. O que só agravará a situação. Se não dá para parar de construir, contrapartidas ambientais têm de ser exigidas. Um outro exemplo pode vir do sistema viário com investimentos no transporte público, na construção de ciclovias e no alargamento e arborização das calçadas . É certo que diminuirão os espaços para os automóveis e a grita será geral, mas logo passa. Principalmente quando as pessoas perceberem os efeitos benéficos das caminhadas e de se pedalar uma bicicleta. Ganharão em qualidade de vida, assim como o governo também ganhará economizando com o sistema de saúde. Haverá também um incremento no comércio de bicicletas e de equipamentos para caminhadas. E o melhor é que o nosso planeta também ganhará um pouco mais de sobrevida.