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domingo, 20 de setembro de 2009

DEMOLIR PARA PLANTAR ÁRVORES

Na cidade de São Paulo já existem estudos visando a demolição de prédios antigos e degradados, obras inacabadas e de obras que com o tempo tornaram-se obsoletas, para a permeabilização do solo e o plantio de árvores. Tudo isso para tornar mais humana, agradável e minimizar os problemas com enchentes numa cidade extremamente verticalizada, imperbeabilizada e quente. Aliás, essa é uma prática que já está acontecendo em alguns países.
Fiz esse comentário para abordar um assunto discutido recentemente na Câmara de Santos. Foi votada e aprovada a proposta do Executivo de vender um terreno público localizado em um dos bairros mais nobres da cidade. O argumento de alguns vereadores que defenderam a proposta foi de que o terreno está servindo para descarte de lixo, que o formato do terreno dificulta a construçào de qualquer tipo de obra, etc. Já os dois opositores foram enfáticos em acusar o preço extremamente baixo em relação aos preços de mercado. Um deles comentou sobre o lucro que a empresa compradora e proprietária dos terrenos ao lado terá com a anexaçào dessa nesga de terra para a expansão do seu projeto de construçào.
Entendo, até pela ínfima arborizaçào existente na área insular do município, que deveríamos plantar árvores naquele terreno. Naquele e em todos os outros que puder ser feito. Uma cidade com os seus edifícios cada vez mais altos e sem a necessidade de contrapartidas ambientais, com o surto de casas sobrepostas sem espaço algum permeável e com as suas praças sendo ocupadas por igrejas, escolas e equipamentos esportivos, definitivamente não está sendo planejada para o futuro. Pressinto que não muito lá na frente vamos ter que demolir para plantar árvores.

2 comentários:

O Mascate disse...

Ibrahim meu caro.
Não precisamos demolir muito para plantar novas árvores em Santos.
Veja o trecho de Fco. Glicério entre a C Nébias e o Canal 3, são ,mais de 500 metros de terreno abandonado e árido.
Com boa vontade e um pouco de criatividade aquele espaço dá um belo parque público coberto de vegetação.
Além de revitalizar a região ainda coibiria o risco de se tornar uma favela. Um terreno daquele tamanho em SP já teria virado favela há tempos.
Os políticos vivem de criar novidade mas não usam o que já existe para favorecer a cidade e gastar o mínimo possível.

Abraço
Fernando Carvalho

Ibrahim Tauil disse...

É, Fernando. Toda a Glicério e a A.Pena eram pra ser chamadas de Avenidas Parque. Segundo um projeto de Saturnino de Brito(que estava a séculos dos políticos daquela época e da época atual, elas seriam verdadeiros bosques, respiradouros da cidade. Foi boicotado pela força destrutiva da construçào civil. A mesma que continua imperando e destruindo até hoje...Abraço e obrigado...