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sábado, 3 de março de 2012

JET SKY: ARMA LETAL

Há quem classifique o automóvel como a arma mais letal inventada pelo homem. Os acidentes no trânsito não deixam dúvidas, principalmente se somados aos prejuízos causados ao meio ambiente e à saúde pública. Consequência do trânsito estressante. Acontece que está surgindo uma outra arma mais letal: O jet sky.

Dois dias após o acidente que tirou a vida da menina Grazielly, atingida por uma dessas embarcações, dois outros jovens também morreram nas praias do Nordeste. Aliás, basta acessar a internet para verificar a quantidade absurda de acidentes fatais envolvendo esse tipo de veículo. E os acidentes aumentam na mesma proporção em que aumentam as vendas e a emissão da habilitação para pilotar a máquina.

Comenta-se sobre a incapacidade da Marinha para fiscalizar todo o litoral brasileiro, da negligência dos pais que permitem que seus filhos pilotem a embarcação e da facilidade para se obter a habilitação de arrais amador. Só o que ninguém ainda comentou é a crescente venda desses veículos. Fenômeno que pode aumentar ainda mais se o modismo pegar e o governo começar a financiar a sua compra. Outro detalhe importante a ser discutido é a velocidade dessas máquinas. Chegam a 100 Km/h, igual a velocidade de um carro. Só que a resistência imposta pela água para o deslocamento de um pedestre é muito maior do que a resistência imposta pelo ar. O seu deslocamento fica muito mais lento. Para se ter uma ideia, o recorde mundial nos 100 metros nado livre atingiu 46s91, façanha do nosso César Cielo. Já o recorde mundial nos 100 metros rasos no atletismo atingiu 9s58, façanha do jamaicano Usain Bolt. Como se pode notar, o pedestre na água fica muito mais vulnerável. Principalmente se não souber nadar.

Sendo impossível pintar faixas de proteção para pedestres no mar, instalar semáforos e redutores de velocidade e fiscalizar todo o nosso litoral, vejo com bons olhos a proibição da venda e da circulação desses veículos até que se encontre uma solução definitiva. É decidir pela vida, não importa os custos.