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segunda-feira, 31 de março de 2008

AJUDA DIVINA

O prefeito do Rio, César Maia, foi à Bahia rezar. Afirma que foi à Igreja do Bonfim pedir ajuda divina para resolver os problemas da dengue. Solicitando, através de orações, que os mosquitos voassem em direção ao mar. Deveria ter aproveitado e solicitado também ajuda para os problemas da violência e do caos na rede hospitalar.
Porém, tanto empenho e oração já não são necessários para o esgoto sem tratamento que corre a céu aberto em direção às lagoas e praias cariocas. Cerca de vinte mil toneladas por minuto. Afinal, não há necessidade de milagres para se deixar levar pela força da gravidade. Ironia à parte, também não foi necessário nenhum milagre para os Jogos Pan-Americanos serem realizados naquele estado. Mesmo tendo que multiplicar por dez o orçamento inicial. Saltou de quatrocentos milhões para quatro bilhões de reais. E quais foram os resultados? Será que foram convincentes as vitórias sobre Honduras, El Salvador e o Haiti? Alguém está acompanhando a utilização e a manutenção daqueles equipamentos? Anotem e confiram as notícias sobre esses assuntos no futuro.
Seguindo o festival de paradoxos e incoerências administrativas, vamos realizar a Copa do Mundo de Futebol no Brasil. Também não será necessário nenhum milagre. Deus não elabora orçamento, não assina cheques e não transfere recursos de um lado para outro. Aliás, municípios e estados, muitos paupérrimos, já estão se mobilizando para reformar ou construir seus estádios. Mesmo que tenham de tirar da saúde ou da área social. Problemas que serão criados mas que depois Deus resolve.

sábado, 15 de março de 2008

QUALIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS E PRIVADOS

No processo de produção de bens ou de prestação de serviços, o objetivo final é a satisfação do cliente. Se ele está satisfeito ou não com o que lhe é oferecido, se atende ou não às suas expectativas, são as preocupações permanentes do fabricante ou do prestador de serviços. No setor privado, a globalização da economia e o aumento da competitividade faz com que a preocupação com a qualidade aumente na mesma proporção. A ponto do cliente ser estimulado a participar do processo de produção de bens ou de serviços prestados. E na busca da excelência, torna-se natural a eliminação de gastos supérfluos e a valorização da competência profissional.
Se no setor privado é assim, no setor público deveria ser igual. Mas não é. Um dos motivos é o faturamento. Não depende da vontade do cliente. Ele é literalmente imposto. Tampouco depende da qualidade dos serviços. A pirotecnia e a maquiagem prevalecem. E a concorrência, papel que deveria ser exercido pela oposição, não existe mais ou não resolve absolutamente nada. No fundo, no fundo, todos querem o mesmo. Sobra então para um ou outro político, comprometido com a ética, bradar no deserto. O que é insuficiente.
Com um campo tão fértil assim, a preocupação com despesas supérfluas no setor público é inexistente. Da mesma forma que a competência e a ética também não contam na valorização do funcionalismo. O que conta é a subserviência. A capacidade de abrir mão de príncipios para poder servir a alguém e não ao público. Fenômeno que acaba ferindo também a Constituição.
"...um servidor público não deve servir a alguém, a um senhor. Deve servir ao público. Uma coisa tão singela, mas tão esquecida..." (Ministra Marina Silva)

domingo, 9 de março de 2008

ATLETISMO NA ZONA NOROESTE DE SANTOS

Já comentei várias vezes sobre a importância da prática do Atletismo. É a modalidade mais fácil de ser praticada, os movimentos são todos naturais, e a menos excludente, todos têm vez: o veloz, o resistente, o gordinho(nos lançamentos e arremessos) e os mais altos(nos saltos). Com todas essas vantagens, acaba sendo a mais indicada para o combate à obesidade infantil. Principalmente nas escolas. Problema que vem crescendo a cada dia.
Pois bem, o Atletismo em Santos continua num marasmo preocupante. Teve uma participaçãp pífia nos últimos Jogos Abertos. E com todas as vantagens citadas, não existe nenhum programa escolar municipal ou estadual. A prova está na ausência absoluta das escolas nos Jogos Escolares. Tanto nos Jogos organizados pela SEMES, quanto nos Jogos organizados pela Delegacia de Esportes do Estado.
E agora, um outro agravante. A única pista com as dimensões oficiais existente em Santos não será mais utilizada. Pelo menos como Escola de Atletismo para a comunidade. O SESI não renovou a parceria com a SEMES. Justamente numa região que tem revelado tantos talentos. Para se ter uma idéia, dois deles sagraram-se Vice-Campeões mundiais: Elias Fonseca(barreiras) e Sanderlei Parrela(meio-fundo). Outros atletas com resultados importantes também foram revelados. Cosme(velocista), Cristiane(pentatlo), Carlos Alberto(meio-fundo), Fagner(decatlo), Maria(lançamento), Luiz Cláudio(barreiras), Márcia Palinkas(velocista) e Paulo Feitosa(fundo), foram alguns deles. Mais recentemente, Pedrinho(velocista) e Tamires(meio-fundo), ambos com onze anos de idade, sagraram-se campeões do Pró-Atletismo realizado no município de Praia Grande.
Para todos eles, exceto um ou outro, o cenário onde tudo começou foi no SESI. E tendo à frente o Prof. Daniel.