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domingo, 29 de junho de 2008

SERVIR AO ESPORTE OU SERVIR-SE DO ESPORTE?

Eu costumo dizer que o Esporte sempre foi considerado e tratado como uma moeda de troca política. Uma ferramenta para servir interesses pessoais. Hoje, sem medo de errar, acrescento que não há nenhum interesse das autoridades em organizar este setor. O motivo, se organizar ficaria difícil manipular.
Chamou a minha atenção uma entrevista com a filha do grande e saudoso Adhemar Ferreira da Silva. Na entrevista, ela confessou ter vendido as medalhas do pai para resolver problemas financeiros. Alegou que a situação da família ficou muito difícil após a morte do pai. É importante salientar que estamos falando do primeiro bicampeão olímpico brasileiro. Nem em Cuba, onde é grande o êxodo de atletas, isso acontece.
Adhemar conquistou duas medalhas de ouro no salto triplo. A primeira em Helsinque, em 1952, quando bateu o recorde mundial de 16 metros, quatro vezes seguidas. Saltou 16,05m, 16,09m, 16,12m e 16,22m. Quatro anos depois, em Melbourne, mesmo com problemas dentários, Adhemar conquistou o ouro com a marca de 16,36 metros.
Porém, o que chamou ainda mais a minha atenção foi quem adquiriu as medalhas. Ninguém mais do que o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo e também da Confederação Sul-Americana de Atletismo. O detalhe é que o dirigente Roberto Gesta é um dos maiores colecionadores mundiais de relíquias olímpicas. Tem uma casa no Amazonas onde reserva um espaço de 300m2 para guardar todos esses objetos olímpicos.
O fato deve servir para que façamos uma reflexão do que é servir ao Esporte e do que é servir-se do Esporte...e dos atletas!

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