Santos carece de árvores. Com exceção dos morros, não sei até quando, o restante da área insular do município está muito aquem da quantidade de área verde sugerida pela OMS, que é algo em torno de 15m2 por habitante. Na maioria dos bairros, a quantidade de área verde gira em torno de 1m2 por habitante. E as raras árvores existentes, basta um olhar mais atento, estão muito maltratadas. Em alguns pontos de táxi, pregos são fincados em seus troncos onde são pendurados sacos de lixo. Outras têm seus troncos pintados com cal. Existem aquelas que têm suas raizes cortadas nas reformas das calçadas e os espaços de terra que as circundam cimentados. Podas feitas com ferramentas inadequadas e fora de época. Árvores plantadas em covas rasas e sem a proteção de gradis. E existem também, infelizmente muitas, aquelas que sofrem a agressão mais brutal dos órgãos públicos, a poda em "V". Na realidade não é uma poda, é uma ação mutilatória por causa da rede de distribuição de energia.
Dizem que as árvores prejudicam a rede elétrica. Na realidade elas é que são as prejudicadas. Existe um sistema denominado de "rede compacta", cujo objetivo é agrupar em um só cabo todo aquele calhamaço de fios da rede convencional. Com isso a poda fica reduzida a um pequeno orifício por onde passa o cabo. Segundo os especialistas, além de evitar o processo mutilatório e extremamente danoso para o vegetal, os custos da manutenção da rede compacta é bem inferior ao da rede convencional.
Dizem que as árvores prejudicam a rede elétrica. Na realidade elas é que são as prejudicadas. Existe um sistema denominado de "rede compacta", cujo objetivo é agrupar em um só cabo todo aquele calhamaço de fios da rede convencional. Com isso a poda fica reduzida a um pequeno orifício por onde passa o cabo. Segundo os especialistas, além de evitar o processo mutilatório e extremamente danoso para o vegetal, os custos da manutenção da rede compacta é bem inferior ao da rede convencional.