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sexta-feira, 12 de outubro de 2007

O ÁLCOOL E AS SUAS CONSEQÜÊNCIAS

A Câmara Legislativa de Santos tem realizado várias audiências públicas. Eu mesmo já participei de algumas. E todas em que eu participei a quantidade de pessoas sempre esteve aquém do esperado. Um dos motivos, na minha opinião, é a inibição das pessoas mais simples diante da suntuosidade do prédio da Prefeitura. O outro é o horário e o dia escolhido. Na maioria das vezes, no meio da semana e no horário comercial.
Foi exatamente o que aconteceu com uma das audiências mais importantes. A que discutiu os malefícios do álcool e as medidas para minimizá-los. O assunto foi debatido numa segunda-feira à tarde. O que inviabilizou a minha presença e a de outras pessoas. Uma audiência dessas era pra ter a participação maciça daqueles que têm alguém na família dependente do álcool. E também daqueles que perderam parentes ou amigos em acidentes no trânsito causados pelo álcool. Com toda a certeza as galerias da Câmara seriam insuficientes e o resultado da audiência seria outro. Até porque está cada vez mais difícil encontrar uma família que não tenha passado ou esteja passando por esse problema. Eu mesmo tive o meu pai e agora tenho o meu irmão. E a minha mulher teve o pai e alguns primos.
Para se ter uma idéia do tamanho do problema, vinte e três por cento dos motoristas abordados durante uma blitz noturna em Santos estavam alcoolizados. Fato veiculado pela Rádio Bandeirantes. Não é à toa que numa escala de malefícios, o álcool ocupe o quinto lugar. Cerca de 60% dos casos de violência nos lares, têm na sua origem o álcool. É pior que a maconha e o crack e não existe nenhum controle social sobre ele. Muito menos sobre a sua propaganda. Um outro dado impressionante é a quantidade de pontos de disbribuição. Mais de um milhão de bares. Pode faltar pão e leite em muitos deles, mas a cervejinha e a cachaça não! E tudo começa com uma cervejinha que agora virou atração turística. Por isso a "lei seca" que proibiria a venda de bebidas alcóolicas à noite não vinga na nossa cidade. É mole!

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