O prefeito do Rio, César Maia, foi à Bahia rezar. Afirma que foi à Igreja do Bonfim pedir ajuda divina para resolver os problemas da dengue. Solicitando, através de orações, que os mosquitos voassem em direção ao mar. Deveria ter aproveitado e solicitado também ajuda para os problemas da violência e do caos na rede hospitalar.
Porém, tanto empenho e oração já não são necessários para o esgoto sem tratamento que corre a céu aberto em direção às lagoas e praias cariocas. Cerca de vinte mil toneladas por minuto. Afinal, não há necessidade de milagres para se deixar levar pela força da gravidade. Ironia à parte, também não foi necessário nenhum milagre para os Jogos Pan-Americanos serem realizados naquele estado. Mesmo tendo que multiplicar por dez o orçamento inicial. Saltou de quatrocentos milhões para quatro bilhões de reais. E quais foram os resultados? Será que foram convincentes as vitórias sobre Honduras, El Salvador e o Haiti? Alguém está acompanhando a utilização e a manutenção daqueles equipamentos? Anotem e confiram as notícias sobre esses assuntos no futuro.
Seguindo o festival de paradoxos e incoerências administrativas, vamos realizar a Copa do Mundo de Futebol no Brasil. Também não será necessário nenhum milagre. Deus não elabora orçamento, não assina cheques e não transfere recursos de um lado para outro. Aliás, municípios e estados, muitos paupérrimos, já estão se mobilizando para reformar ou construir seus estádios. Mesmo que tenham de tirar da saúde ou da área social. Problemas que serão criados mas que depois Deus resolve.
Um comentário:
ENQUANTO ISSO.....PANIS ET CIRCENSIS.
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