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domingo, 29 de agosto de 2010

A SIMBOLOGIA E A IMPORTÂNCIA DAS ÁRVORES

A árvore sempre foi um dos mais fortes símbolos das diversas culturas da humanidade.
A imagem da Árvore-Mãe, por exemplo, frequente em inúmeras culturas, tem significado duplo. Em primeiro nível, simboliza a Mãe Terra, princípio feminino que alimenta a vida. Em nível mais profundo, representa a energia vital e invisível que repousa no seio da Terra e é fecundada pela energia marculina do vento, da chuva e do Sol.
Na pré-história as árvores eram adoradas como divindades e algumas vezes consideradas a personificação de poderes naturais malignos como os trovões, os raios e as tempestades. Se apaziguadas pela adoração, as árvores divinas garantiriam fertilidade aos homens e aos animais, abundância nas colheitas, sucesso no comércio e nas guerras.
Com o crescimento do Cristianismo, os ritos de adoração diminuiram. As árvores passaram a ser utilizadas como um suprimento na alimentação, como combustível, na construção de cidades e embarcações, na fabricação de implementos agrícolas e matéria-prima para suprir as necessidades diárias.
A partir do início do século passado, algumas espécies de árvores começaram a desaparecer. Leis de proteção ambiental foram criadas, mas ainda não foi possível impedir a redução das espécies florestais no mundo todo. Apesar de hoje sabermos o quanto é necessário preservar os ecossistemas naturais e recuperar os já desfeitos, a destruição infelizmente continua. Mas a luta pela preservação e recuperação também deve continuar.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O ESPORTE COMO FERRAMENTA DE TRANSFORMAÇÃO

O esporte não fortalece somente o corpo. Na medida em que você se vê e se sente mais forte, mais capaz de cumprir tarefas antes consideradas irrealizáveis, fortalece também o espírito, a auto-estima. Você passa a se gostar mais, consequentemente as pessoas passam a gostar mais de você. Passa a ser mais notado, a servir de referência, vira ídolo. Nem que seja somente dos filhos, da família.
E como é bom ser motivo de orgulho para os filhos! Bom porque fortalece o ego, fortalece os laços familiares e se torna um exemplo a ser seguido. Foi assim com a Regina, em relação ao Samuel e ao Ariel. E certamente também foi assim com a Rosane, em relação à sua filha e agora à sua neta. Com a Celma, em relação aos seus dois filhos e à sua neta. Com a Vilma, em relação ao seu filho. Com a Emília, em relação aos seus dois filhos. E também com a Margarete, a Ângela, a Cidinha, a Ivonete, a Iracema, a Jô, a Vera, a Maria Odete, a Keka a Ritinha e tantas outras.
A prova de que este fenômeno é real veio da Ana, da equipe Chumbrega. Com os olhos marejados, comentou sobre a empolgação do seu filho, Alexandre, ao assistir o vídeo da sua chegada, entre as três primeiras, na Corrida da Zona Noroeste de Santos. O menino, sem disfarçar os sentimentos, característica de toda criança, pulou no seu pescoço gritando que estava muito orgulhoso e feliz. Quanta transformação através de algo tão simples! A principal delas, o exemplo a ser seguido por essas crianças.
Fiz referência somente às mulheres do grupo, em função de que todas iniciaram suas atividades após serem mães, algumas até avós, pelas dificuldades do dia a dia, e até por um certo preconceito existente por praticarem esportes.
Esportistas, mães e avós exemplares! Maravilhosas!


domingo, 8 de agosto de 2010

AS LIÇÕES E A HERANÇA DEIXADAS POR MEU PAI

A minha primeira infância foi vivenciada na tradicional Rua Mal. Pego Junior, região central de Santos. Por sinal, extremamente abandonada atualmente. Naquela época, década de 50, morávamos em uma vila, hoje conhecida como cortiço. Lembro da minha avó, uma árabe forte, cozinheira de mão cheia, que todos os dias fazia compras no mercadinho da Vila Mathias, esquina da Senador Feijó com a Rangel Pestana. Mulher simples, direta, primava pela honestidade e dedicação à família. Não esqueço os momentos em que ela saia para as compras me puxando pela mão. Resquícios das lembranças auditiva e gustativa. Eu associava o barulho do seu tamanco na calçada com a perspectiva do que iria comer no almoço.
Outra lembrança muito viva na minha memória é a de meu pai. Porteiro do Hotel Avenida Palace, no Gonzaga, papai trabalhava todos os dias até tarde da noite, inclusive aos sábados e domingos. Sua folga caia no meio da semana, geralmente às quartas-feiras. Da mesma forma que eu ansiava por ir às compras com minha avó, também aguardava com muita expectativa o dia de folga de meu pai. Era o momento de ir à praia, fazer pic-nic , passear de trem ou até mesmo de bonde. Coisas simples, mas que marcaram muito. Mas teve uma das folgas que o passeio foi no centro da cidade. Lembro de ter saído a pé com meu pai que foi pagar algumas contas e fazer outros serviços. Na volta, passando em frente a uma loja de brinquedos, puxei um carrinho de madeira que estava empilhado na calçada. Com o carrinho sendo puxado por uma das mãos, a outra sendo segura por meu pai, fui assim até a esquina de casa. Momento em que meu pai percebeu e perguntou onde eu havia pegado o brinquedo. Não sabendo responder, ele fez todo o caminho de volta comigo. Ao chegarmos na loja, fez com que eu devolvesse o carrinho e pedisse desculpas ao dono.Outra característica do meu velho, mesmo ganhando pouco, era fazer compras e doar parte dos alimentos para famílias carentes.
Foram as lições e a herança deixadas por meu pai. As mais importantes e significativas que existem. Saudades, meu velho...