Faz muito tempo que a Prefeitura de Santos vem aplicando agrotóxico na área urbana da cidade. Proibida por lei, a atividade foi batizada de mata-mato. No campo é chamada de defensivo agrícola. Na verdade estes são apelidos carinhosos do veneno. Escolhidos para minimizar os estragos que causam ao meio ambiente e a todos os seres vivos.
Questionado através da Câmara, o prefeito respondeu que o veneno era inócuo devido a sua baixa toxidade. Em um segundo questionamento, este com uma Nota da ANVISA informando que não existe veneno inócuo, veneno é veneno e ponto. Cuja Nota informa ainda que a lei que regulamenta a atividade no campo não foi regulamentada para a área urbana por vários motivos. Um deles é o solo impermeável com água acumulada da chuva que pode ser contaminada pelo agrotóxico e envenenar pequenos animais. Os outros motivos são a dificuldade da dispersão do veneno pelo vento e a impossibilidade de isolar o local por 24 horas como é feito no campo.
Diante de tais argumentos em um outro questionamento, a Prefeitura informou que estaria suspendendo a aplicação de agrotóxico. Isso em setembro de 2011. Animados com o resultado, sugerimos a contratação de cidadãos em situação de rua para fazer a capinação com enxada. No entender do Vereador Hugo Duppre e da sua equipe, a iniciativa estaria atacando e minimizando dois problemas: Um ambiental e o outro social.
Infelizmente a alegria durou pouco. Exatamente no mês em que é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente e em que foi realizada a Conferência Rio + 20, a Prefeitura voltou a aplicar o veneno. Não sei se por comodidade ou por força de livre e espontânea pressão da empresa contratada e do fabricante do agrotóxico.
É triste...
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