O último editorial do Jornal do Esporte foi na mosca. Fato que merece elogios. Isso porque as ações públicas na área do esporte sempre tiveram o apoio da mídia. E as ações sempre tiveram esse viés pirotécnico apontado na matéria. Principalmente por parte dos municípios mais abastados. Contratações de atletas e até de equipes inteiras de outras regiões, inclusive do exterior, tornou-se comum. O que além de ser um absurdo, sob o ponto de vista da lisura e da ética, contraria a nossa Constituição. Está lá no Art. 217: é dever do Estado aplicar os recursos públicos prioritariamente no desporto educacional, em casos específicos, no alto rendimento. O detalhe é que o descumprimento da nossa Constituição começa pelo Governo Federal. Há algum tempo atrás, o TCU apurou que cerca de 95% de todos os recursos federais para o esporte eram aplicados no alto rendimento. Recursos do Ministério, das Empresas Públicas e das Loterias. Com os gastos realizados com os Jogos Pan-Americanos, aquele índice foi para a estratosfera. Imaginem aonde irá parar com a realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil.
Voltando para o nosso Estado, eu lembro que nos Jogos Abertos do Interior de 2003, realizados em Santos, o então Secretário Estadual de Esporte e Lazer, Lars Grael, manifestou-se várias vezes contrário à política de contratações feita por alguns municípios. Ótimo, pensei. Ele vai fazer alguma coisa para mudar esse quadro. Ledo engano. Tudo continua como dantes porque os regulamentos dos Jogos permitem. Foi o que eu disse pessoalmente ao Secretário durante um seminário acontecido em São Paulo.
E sejamos francos, o que os Jogos Abertos de 2003 deixaram de positivo para o município? Absolutamente nada. A não ser o prejuízo com as reformas do piso e do telhado do Clube de Regatas Santista e dos aluguéis pagos àquele clube, além de outras despesas. A extinção da matriz esportiva que eram os próprios clubes, por exemplo, não foi contida. Conseqüência da conjuntura econômica e das administrações incompetentes de muitos deles. Fenômeno que deveria estar fomentando uma outra discussão e outras ações no nosso município, ao invés de se lançar candidato à sede de mais uma edição dos Jogos Abertos do Interior. Por exemplo, para onde deve ser transferida a matriz esportiva que era clubística? Tanto o Editorial quanto a nossa Constituição já estão apontando o caminho.
Por outro lado é alentador saber que o novo Delegado Regional de Esportes está preocupado com a atual situação. Da mesma forma que acho positivo a Comissão Permanente de Esportes e Lazer da Câmara Legislativa do Estado de SP estar sendo presidida por um deputado da nossa região. Resta saber se eles terão poder de fogo para alterar esse quadro. Até porque envolve muitos interesses corporativos. Além de envolver a própria estrutura educacional com a definição e a implementação de programas de Educação Física e de Esporte na rede escolar.
Voltando para o nosso Estado, eu lembro que nos Jogos Abertos do Interior de 2003, realizados em Santos, o então Secretário Estadual de Esporte e Lazer, Lars Grael, manifestou-se várias vezes contrário à política de contratações feita por alguns municípios. Ótimo, pensei. Ele vai fazer alguma coisa para mudar esse quadro. Ledo engano. Tudo continua como dantes porque os regulamentos dos Jogos permitem. Foi o que eu disse pessoalmente ao Secretário durante um seminário acontecido em São Paulo.
E sejamos francos, o que os Jogos Abertos de 2003 deixaram de positivo para o município? Absolutamente nada. A não ser o prejuízo com as reformas do piso e do telhado do Clube de Regatas Santista e dos aluguéis pagos àquele clube, além de outras despesas. A extinção da matriz esportiva que eram os próprios clubes, por exemplo, não foi contida. Conseqüência da conjuntura econômica e das administrações incompetentes de muitos deles. Fenômeno que deveria estar fomentando uma outra discussão e outras ações no nosso município, ao invés de se lançar candidato à sede de mais uma edição dos Jogos Abertos do Interior. Por exemplo, para onde deve ser transferida a matriz esportiva que era clubística? Tanto o Editorial quanto a nossa Constituição já estão apontando o caminho.
Por outro lado é alentador saber que o novo Delegado Regional de Esportes está preocupado com a atual situação. Da mesma forma que acho positivo a Comissão Permanente de Esportes e Lazer da Câmara Legislativa do Estado de SP estar sendo presidida por um deputado da nossa região. Resta saber se eles terão poder de fogo para alterar esse quadro. Até porque envolve muitos interesses corporativos. Além de envolver a própria estrutura educacional com a definição e a implementação de programas de Educação Física e de Esporte na rede escolar.
A grande verdade é que o esporte sempre foi uma moeda de troca política. E uma moeda desvalorizada, bem chinfrim. Ou então um produto de maquiagem para esconder desmandos administrativos. O que é triste e irônico porque todas essas pirotecnias esportivas acabam se transformando também em desmandos administrativos. E tudo isso acontece porque somos muito passivos. Conseqüência de uma formação extremamente técnica e pouco questionadora. E aí a discussão também envolve a quantidade e a qualidade dos cursos de Educação Física existentes.
3 comentários:
FOI UM TRABALHO DE LOGO ESTUDOS SABEMOS QUE ISSO PARA ALERTAR TODOS PARABENS MESTRE........
DEUS E FIEL
Joyce
Parabéns prá você. E obrigado pela sua participação. A verdade é que eu mais vivenciei do que estudei as questões que envolvem o esporte. E o seu pai também vivenciou. Peça para ele contar o sufoco de ter de comer sanduiche de mortadela, tremoço e ovo colorido. E ainda assim ter sido Vice-Campeão Paulista Juvenil. Sem medo de errar, foi o primeiro atleta de toda a região a chegar à final de uma competição tão importante. E ainda competiu com o pé machucado.
Beijão e pode se orgulhar do seu pai.
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