Enquanto todas as atenções estão voltadas para a famigerada CPMF, a tal contribuição provisória que está se tornando permanente, uma outra discussão, não menos importante, está acontecendo no Senado. Trata-se do escorchante e vergonhoso Imposto Sindical.
Criado por Getúlio Vargas, esse imposto subrai todos os anos o salário de um dia de todo trabalhador, sindicalizado ou não. Dinheiro que tem servido, salvo exceções, para encher os bolsos ou para financiar as campanhas políticas da maioria dos dirigentes sindicais ao longo desses anos todos. A discussão sobre o assunto, fruto da iniciativa iluminada que sugere um imposto facultativo, está gerando incômodo entre os atuais dirigentes sindicais. E como era de se esperar, assim como fizeram no Congresso, estão pressionando também o Senado para que nada seja alterado. Ou seja, numa época em que o sindicalismo está em desuso, enfraquecido e inerte, só sai da inércia para lutar pela permanência das mordomias com o suor da labuta do povo. E a inércia, muitas das vezes, conseqüência de um relacionamento muito próximo e equivocado com os patrões.
Não vejo, sinceramente, outra saída a não ser deixar que o trabalhador decida se deve ou não contribuir com o sindicato.
4 comentários:
Acho que tem razão.
Clévio
É muito imposto. Só falta o imposto sobre o ar que respiramos. Esse eles não criam. O que pode acontecer, e já está acontecendo, é a qualidade do ar piorar tanto que vamos ter de comprá-lo nos supermercados. Aí, sim. Com o comércio de ar funcionando, o governo vai poder cobrar os impostos. Afinal, governo serve prá quê?
É sempre assim, os sindicalistas lutando para manter privilégios.
Esse brasil está errado desde Cabral e não vejo formas de mudar isso, afinal uma população em sua maioria indolente que só quer saber de viver de benefícios e nunca lutar pelos próprios direitos, não muda jamais...e 2014 tá aí e teremos copa do mundo no Brasil...e o povo...tome PANIS ET CIRCENSIS.
Como era previsto, o imposto continua. A "galinha dos ovos de ouro" para a maioria dos "sindicatos". Afinal, contam-se nos dedos da mão os atuantes. E eu aqui sem o poder de decidir se devo ou não contribuir com o sindicato da minha categoria. Continuam decidindo por mim...
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