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quarta-feira, 21 de novembro de 2007

SELEÇÃO BRASILEIRA

Escrever sobre futebol não é fácil. Além de polêmico, a impressão que se tem é a de que tudo já foi discutido. Tal é a quantidade de colunas e programas esportivos que só abordam o assunto. Porém, provocado por um amigo, aceitei o desafio para dar o meu pitaco nas convocações da Seleção Brasileira.
Para começar, questiono a convocação de jogadores que estão atuando no exterior. Muitos não disfarçam o mal estar ao serem convocados. É o que está ocorrendo, freqüentemente, com jogadores que se transferiram para os grandes clubes europeus. Um indício são os casos de jogadores com dupla cidadania defendendo a nossa seleção. Outro, são as seleções de outros países sendo defendidas por jogadores brasileiros naturalizados.
Salvo raras exceções, percebe-se que não há motivação entre os convocados para a Seleção Brasileira. O que não aconteceria se a convocação priorizasse os profissionais que estivessem jogando no Brasil. Todos treinariam mais e o surgimento de novos craques estaria sendo fomentado. Aliás, aconteceu algo parecido na convocação para a Copa de 1958. E o exemplo não veio da Comissão Técnica. Partiu do melhor ponta-direita da época: Julinho Botelho. Durante a Copa de 1954, na Suiça, Julinho teve uma atuação soberba. Ocasionando assim a sua transferência em 1955 para a Fiorentina, tradicional clube italiano. Ganhando vários títulos pelo clube de Florença, Julinho tornou-se ídolo italiano. Ao ser convocado para a Copa de 1958, achou injusto alguém no futebol europeu representar o país naquela competição. Afirmou que no Brasil havia muitos craques na sua posição e indicou Joel Martins, do Flamengo. Era o mínimo que se poderia esperar de um profissional extremamente digno e ético.
Muitos pesquisadores não hesitam em afirmar que o fenomenal Garrincha surgiu e explodiu naquela Copa, graças à atitude de Julinho. É para se pensar...

2 comentários:

O Mascate disse...

Meu caro Ibrahim.
acontece que as pesso0as que ainda pensam nesta nação estão até as tampas de futebol.
se vc notar o povo só fala nisso, brinca sobre isso, vivem para isso e alguns até matam por isso.
Mas precisamos é mudar essas atitudes no brasileiro, temos que tentar mostrar que a vida não é só futebol e que existe vida inteligente fora das 4 linhas.
Eu cansei de futebol em geral, não assisto mais seleção e nem o meu TIMÃO jogar, pois percebo que o futebol perdeu o romantismo e se tornou um produto a ser vendido, pequenos cabeças de bagre fazem uma jogada espetacular em mum momento de glória acabam se tornando ídolos, craques e etc. saem da periferia , de salários rídículos para serem cidadãos do mundo, entrando no mundo pequeno burguês das drogas das facilidades sexuais, dos carrões e por fim da falta de futebol, tornando-os em meros ídolos de barro que sentem vergonha ao defenderem a camisa do Brasil.
E por fim o emprego de comentaristas esportivos. antes se dizia que de "médico e louco todo mundo tem um pouco'
Hoje de técnico e comentarista todo mundo tem um muito...coisas de um país se4m cultura e sem educação....Quanto a seleção brasileira....eu continuarei torcendo contra ela sempre, não que eu não seja patriota, mas sim para não me sentir mais um idiota.,

Ibrahim Tauil disse...

Fernando, sem falar na "cultura do fracasso" instituida na sociedade e amplamente fomentada pela mídia. A mesma mídia(Programa do Faustão) que só veicula futebol e que entrevistou e ouviu do "Fenômeno" (sic..), no auge da sua fama, que ele não lê e que nunca gostou de ler.
Um forte abraço e obrigado...