O Ipea(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) concluiu um estudo que mostra que 75,4% da riqueza do país está nas mãos dos 10% mais ricos e que os mais pobres pagam 44,5% mais impostos. A explicação para tanta diferença entre o peso dos impostos está na forma de cobrança. Segundo o Ipea, está na chamada tributação indireta, embutida em alimentos e bens de consumo. Como o brasileiro mais pobre gasta a maior parte da sua renda em bens de consumo, com produtos de sobrevivência, acaba pagando mais impostos, conclui o Ipea. Culpa de um sistema tributário injusto que só vem acentuando as desigualdades sociais.
E aí vem a pergunta, e o Governo? Cujo papel seria conciliar, minimizar, tanta desigualdade! É esse o problema! Não existe nenhuma ação nesse sentido! Quantas vezes já ouvimos falar sobre reforma tributária? Sobre impostos extras sobre fortunas ou heranças? Nada acontece, pelo contrário. O que acontece são discussões sobre novos impostos para acharcar ainda mais a população. Agora querem recriar a CPMF, com a desculpa de que os recursos serão destinados para a saúde. Ora, bastaria fechar alguns ministérios inoperantes que sobraria recursos à beça. Infelizmente, economizar não é um verbo conjugado no setor público. Em que pese ser a base do sucesso em qualquer atividade. Inclusive na contenção da inflação que já vem dando alguns sinais de vida.