A polêmica causada pelas declarações de um dirigente universitário da Bahia esconde uma outra discussão muito mais importante: a qualidade dos cursos de Medicina. Qualidade que não é das melhores naquela universidade. Fato que não está sendo muito explorado em função do conteúdo discriminatório daquelas declarações. Daí o foco para o berimbau e para a capacidade intelectual do povo baiano.
Em recente matéria jornalística, o governo manifestou a intenção de limitar ou até diminuir a quantidade dos cursos existentes. O que não é suficiente para melhorar a qualidade dos referidos cursos. Por outro lado, sabemos que os cursos de melhor qualidade são os oferecidos pelas universidades públicas. Por esse motivo e pelo fato de serem gratuítos, são os mais procurados. Portanto, freqüentados por quem tem condições de pagar escolas particulares e cursinhos extremamente caros. Cabendo à maioria, através dos impostos, custear esse sistema perverso e ter de custear também seus estudos nas universidades particulares. É certo que já existem alguns programas que amenizam esse problema, mas são paliativos. A solução consiste em melhorar substancialmente a qualidade dos cursos Fundamental e Médio da rede pública.
Quando eu menciono que os cursos de melhor qualidade são os oferecidos pelas universidades públicas, necessariamente não quero dizer que sejam o ideal. A impressão que se tem é que todos os nossos cursos de Medicina são regidos pela batuta da indústria de medicamentos. Resultando em profissionais extremamente voltados para a medicina curativa. Pouco ou nada para a medicina preventiva. Profissionais que têm a bula como bíblia e a receita como oração. O que faz do ser humano, do paciente, um meio e não um fim. Excessos do capitalismo. Daí para o materialismo, para o interesse particular em detrimento do interesse público, é um pulo. A Medicina passa a ser procurada mais pelo status social ou financeiro que ela propicia.
Li, recentemente, sobre os problemas da falta de médicos nos municípios de Coari e Parintins, no Amazonas. Se no interior dos estados mais ricos existem problemas, imaginem lá! Aqueles municípios pagam salários de até R$ 12.500,00 para diversas especializações médicas. Foram feitos anúncios inclusive nas três faculdades de Medicina de Manaus, sem sucesso. Talvez, uma das soluções seria obrigar os alunos formados nas universidades públicas a prestarem serviços nas regiões mais longinquas. Nem que fosse por um certo tempo.
Quando eu menciono que os cursos de melhor qualidade são os oferecidos pelas universidades públicas, necessariamente não quero dizer que sejam o ideal. A impressão que se tem é que todos os nossos cursos de Medicina são regidos pela batuta da indústria de medicamentos. Resultando em profissionais extremamente voltados para a medicina curativa. Pouco ou nada para a medicina preventiva. Profissionais que têm a bula como bíblia e a receita como oração. O que faz do ser humano, do paciente, um meio e não um fim. Excessos do capitalismo. Daí para o materialismo, para o interesse particular em detrimento do interesse público, é um pulo. A Medicina passa a ser procurada mais pelo status social ou financeiro que ela propicia.
Li, recentemente, sobre os problemas da falta de médicos nos municípios de Coari e Parintins, no Amazonas. Se no interior dos estados mais ricos existem problemas, imaginem lá! Aqueles municípios pagam salários de até R$ 12.500,00 para diversas especializações médicas. Foram feitos anúncios inclusive nas três faculdades de Medicina de Manaus, sem sucesso. Talvez, uma das soluções seria obrigar os alunos formados nas universidades públicas a prestarem serviços nas regiões mais longinquas. Nem que fosse por um certo tempo.
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