Compare Produtos, Lojas e Preços

sábado, 27 de março de 2010

MONOPOLIZAÇÃO DOS ALIMENTOS

A desigualdade, a fome. A cena é sempre a mesma. Enquanto isso, a produção e a distribuição de alimentos está cada vez mais nas mãos de um número cada vez menor de corporações. Produzem e distribuem aquilo que eles querem que você coma, pelo preço que lhes interessa. Aniquilam os pequenos agricultores, os pequenos comércios e escravizam os trabalhadores de ambas as pontas. No campo é comum o trabalho escravo ou o desemprego pelo uso da tecnologia adotada na monocultura. Na cidade, a predominância das grandes redes de atacadistas, além de acabar com os pequenos comerciantes, restringe o leque de opções do consumidor.
Gostaria de saber se os empregados dessas grandes redes têm sindicatos? Ouve-se falar de mobilizações de bancários, de industriários e de outros "ários". Nunca ouvi ou assisti qualquer mobilização por melhores salários, melhores condições de trabalho para os funcionários das grandes redes de distribuição de alimentos. Em conversa com alguns, soube que eles chegam a perder a noção do tempo livre. Tornam-se escravos do trabalho na mesma proporção em que nos tornamos escravos dos supermercados.
Voltando para a produção, o problema é tão sério que as sementes também estão se tornando propriedade privada de um pequeno grupo de empresas. E pior, sementes modificadas geneticamente para resistir ao veneno produzido por essas mesmas empresas. Isso quer dizer que o agricultor sente-se obrigado a comprar as tais sementes transgênicas, a pagar royalties para a empresa produtora, e de quebra ainda tem de comprar o defensivo agrícola(veneno). Como a semente é resistente ao tal veneno, ele pode aplicá-lo à vontade. MATA TUDO, EU DISSE TUUUDO, MENOS AQUELA PLANTA.
E tudo isso com a anuência dos nossos (des)governos.

sexta-feira, 26 de março de 2010

PRAÇAS PRIVATIZADAS

O Código Civil, no seu Artigo 99, é claro: rios, mares, estradas, ruas e praças são bens públicos de uso comum do povo.
O município de Santos, infelizmente, tem se caracterizado por ceder suas praças para a construção de escolas, igrejas, equipamentos esportivos e agora sede do Batalhão da Polícia Militar. Embora na Praça Rebouças, no bairro da Ponta da Praia, já exista um posto da Policia Militar e o Quartel do 6" BPM ficar a menos de 300 metros, na Av. Joaquim Montenegro, no Canal 6.
A verdade é que as praças, principalmente numa cidade onde predomina o concreto e o asfalto, extremamente verticalizada, têm de ter árvores. Devem ser os respiradouros da cidade. Verdadeiros pulmões verdes.

terça-feira, 23 de março de 2010

PRODUTOS GERADOS PELA NATUREZA

O Brasil está tentando negociar o preço do minério de ferro com a China. É sempre assim com os produtos primários, os países produtores acabam se submetendo ao mercado externo. Se os preços caem, acabam exportando mais para compensar. O que acaba agredindo e exaurindo ainda mais o meio ambiente.
Há uma grande diferença nos custos dos produtos gerados pela natureza dos produtos gerados pela indústria. Os primeiros têm um custo praticamente zero. Portanto, são muito explorados por países detentores de vastos recursos naturais para manterem seus fluxos comerciais com o exterior. O que acaba degradando o meio ambiente, exaurindo as reservas e deixando o país produtor sem alternativas. Principalmente se não investiu os recursos arrecadados na recuperação ambiental e no desenvolvimento científico e tecnológico.
Um exemplo foi o projeto de exploração de manganês, na década de 70, na Serra do Navio. Das 35 milhões de toneladas de reserva, mais de 90% foram destinadas para o exterior. Na década de 90 as jazidas se esgotaram, o modelo de desenvolvimento acabou. Como estará a Serra do Navio agora? Do que sobrevive? É assim com a madeira, com o minério e com o petróleo. Só degradação ambiental e social. Enquanto isso, países sem nenhum recurso natural que investem em ciência e tecnologia vão de vento em popa.
É o caso do Japão, por exemplo.

segunda-feira, 22 de março de 2010

domingo, 21 de março de 2010

ROYALTIES DO PRÉ-SAL

Está havendo uma acirrada disputa entre os municípios que vão se beneficiar dos recursos do pré-sal. Naturalmente, uns querendo receber mais royalties que outros. O que não recrimino. O que me preocupa é o que será feito com esses recursos. Se é que esses recursos virão. Afinal, segundo os especialistas, o petróleo está há quilômetros de prufundidade.
Estudos coordenados pelo Prof. Cláudio Dantas, do Departamento de Economia da Universidade Estadual Paulista(UNESP), apontam que os royalties não melhoraram a vida da população nos municípios produtores. “Resultado da falta de planejamento destes municípios para a utilização dos recursos”, diz o professor.
O estudo cita os municípios que mais recebem royalties, Campos e Macaé, no Rio de Janeiro, como exemplos deste fenômeno. Ambos os municípios só vêm acumulando problemas nas áreas da saúde, da habitação, da educação e na área ambiental. O professor complementa que os recursos acabam indo para o ralo, através da contratação de funcionários e para a corrupção.
Embora todos os municípios tenham secretarias ou diretorias de planejmento, quantos deles já elaboraram programas para a utilização desses recursos?

DIA MUNDIAL DA ÁGUA

No Dia Mundial da Água, não posso deixar de falar dos chuveiros da orla das praias de Santos. Chuveiros que servem para as crianças brincarem, para dar banho em cachorro, para lavar bicicletas e motocicletas, para lavar as cadeiras dos ambulantes e das barracas de praia e até para tomar banho. Somando-se ainda aqueles que se quebram e ficam vazando direto. Um verdadeiro absurdo com o bem mais precioso do universo.

Lembro que no ano de 2003 foi anunciado um projeto de reutilização da água dos chuveiros da praia. À época,foi anunciada a economia de milhões de reais e de litros de água. A seguir,o governo municipal não hesitou em afirmar que estava fazendo a parte dele, solicitando que a sociedade fizesse também a sua parte.

O tempo passou, já se foram sete anos, e o projeto de reuso da água dos chuveiros caiu no esquecimento. Embora saibamos e reconheçamos a importância de se economizar água, os abusos continuam acontecendo, principalmente na temporada ou em feriados prolongados. O interessante é que tanto o Conselho Municipal do Meio Ambiente quanto à SABESP não se pronunciam a respeito.

domingo, 14 de março de 2010

ESPAÇO URBANO X NATUREZA

O espaço natural no espaço urbano sempre foi algo inconcebível para os nossos governantes. Para eles, a cidade sempre foi um lugar oposto à Natureza. Um espaço onde só cabem as suas obras. Refiro-me aos edfícios, avenidas, escolas e igrejas. Estas últimas já vêm ocupando as nossas praças faz tempo. Praças que deveriam ser exclusivas para o plantio de árvores. Praças que deveriam ser os pulmões verdes da cidade, sonho de Saturnino de Brito.

O sentimento de que tudo o que é natural só atrapalha sempre foi muito forte. E pior, este comportamento sempre esteve muito presente na sociedade. As pessoas se incomodam com as folhas nas calçadas, com as fezes dos pássaros manchando os seus carros ou com as solas dos sapatos sujas de barro. Esqueceram ou não têm consciência de que fazem parte da Natureza. Não percebem que os elos quebrados desta grande teia natural está acabando com a vida na Terra. Inclusive com a vida humana.

sábado, 13 de março de 2010

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

A origem do Dia Internacional da Mulher se deu em homenagem às mulheres que morreram reivindicando seus direitos. Foram cerca de 130 tecelãs, operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque, que exigiam melhores condições de trabalho. Isso em 1857. Para se ter uma ideia, apesar de trabalharem 16 horas por dia, ganhavam 1/3 do salário dos homens. Foram reprimidas com violência, trancadas dentro da fábrica que foi incendiada. Todas morreram carbonizadas.
Mas foi somente em 1910, em uma Conferência na Dinamarca, que foi decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher". Porém, só foi oficializada pela ONU em 1975. Infelizmente, ainda hoje, muitas mulheres continuam tendo suas pretensões e seus sonhos "carbonizados" por uma sociedade extremamente castrante. Portanto, a data não é só para comemorações. Serve para refletirmos e agirmos contra os desmandos que ainda persistem. Principalmente dentro do lar...

sábado, 6 de março de 2010

LIBÉLULA

Quando se ouve falar em extinção de algumas espécies de animais, os primeiros que vêm à mente são o tigre-de bengala, a baleia e o mico-leão-dourado. Existem até canais de TV com programas específicos mostrando campanhas de preservação desses animais. Por outro lado, o que ninguém comenta e TV nenhuma mostra é a extinção dos insetos. Estes, são tão ou mais importantes para o meio ambiente do que os animais de maior porte. Um exemplo é a libélula. Predadora voraz de insetos menores, principalmente de mosquitos, está praticamente extinta, principalmente nas cidades.

Frequentando o mesmo habitat do mosquito da dengue, a libélula deposita os seus ovos na água. Após eclodirem, surgem as larvas que se alimentam basicamente de outras larvas. Inclusive das larvas de mosquito. Ao se transformarem, tornando-se aladas, a voracidade das libélulas só aumenta. E os mosquitos continuam sendo a sua principal fonte de alimentação.

A desvantagem é que elas dependem também da vegetação e não suportam a poluição. São atraídas pela crotalária, uma espécie de flor amarela que nasce em arbustos. Outra espécie de vegetal, este não atrai a libélula mas repele o mosquito, é a citronela, muito parecida com a erva-cidreira.

Sem o seu principal inimigo, além dos sapos e dos peixinhos, a quantidade de mosquitos só tende a aumentar. Fenômeno que é agravado pelas precipitações de chuva cada vez mais intensas. Consequência do calor escaldante que faz evaporar mais rapidamente quantidades cada vez maiores de água. Criando assim o ambiente ideal para a sua proliferação.

Ou seja, a conclusão que se chega é a de que o agravamento e o aumento dos casos de dengue são consequências das intervenções do homem na natureza.