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domingo, 6 de maio de 2012

IDENTIDADE PARA OS BAIRROS DA Z. NOROESTE

O pré-candidato a prefeito por Santos, Sérgio Aquino, disse que a Zona Noroeste é um bairro sinônimo de trabalho. Equivocou-se o candidato. Aliás, equívoco comum até entre os moradores  mais antigos daquela região. O que não deveria ser comum é o equívoco ser cometido por prefeituráveis. Por pessoas supostamente interessadas no desenvolvimento do nosso município. E desenvolvimento envolve cidadania. Envolve a participação popular na elaboração do seu próprio destino.
Com o equívoco cometido, talvez o pré-candidato tenha contribuido para provocar uma discussão sobre o assunto. Por exemplo, a revogação da lei que instituiu o aniversário da Zona Noroeste. Ação que deveria ocorrer paralelamente com um levantamento das datas de fundação dos bairros daquela região e a criação de leis instituindo as datas dos seus respectivos aniversários. Afinal, na Zona Leste quem comemora aniversário são os bairros. 
O objetivo seria agrupar pessoas para discutir os eventos comemorativos dos seus bairros. De reboque, os problemas também seriam discutidos. Ou seja, a identificação do bairro provocaria a identificação do morador com ele. Um bairro sem identidade é um bairro sem alma. E um morador que não participa das discussões , que não interage com os assuntos da sua comunidade, não é um cidadão pleno. 
É isso...

sábado, 5 de maio de 2012

VÉSPERA DA CORRIDA DO PORTO DE 2012

Às vésperas da primeira etapa do Campeonato Santista de Pedestrianismo, confesso que me sinto um tanto ansioso. Isso acontece porque não participo das competições. Sensação, aliás,  que oriento o pessoal que treina comigo a substituir pela sensação de euforia, de vontade de competir e de vencer. Afinal, as sensações de medo, de raiva ou de ódio costumam desequilibrar ou paralisar as ações. Correr firme e forte, porém leve e suave. É esse o lema das componentes da Equipe Chumbrega.
Vice-Campeã Feminina em 2011, a Equipe Chumbrega este ano vai participar desfalcada de três das suas principais atletas. A Ana e a Maninha vão defender a Equipe Memorial/PMS. A Celma, a Equipe EPAS/OSAN. Além delas, a Maria Odete não vai participar desta etapa. Está com problemas no joelho. Quanto à transferência de algumas corredoras para outras equipes, confesso que me sinto satisfeito. Lá elas terão o apoio financeiro, ainda que pouco, que não teriam aqui. Com todo esse desfalque, não descarto a possibilidade de ainda ficarmos entre as cinco melhores equipes femininas de 2012. Tarefa que ficará a cargo da Aninha, Vilma, Cissa, Regina, Rosane, Emília, Celina, Zezé, Luzmar, Kety, Maria Odete, Ivonete, D.Odete, D. Amélia, Lídia, Jô e Norma.
Com a largada marcada para às 8h na Praça Mauá, mesmo local da chegada, a Corrida do Porto vai percorrer 10 Km entre as ruas do Centro, da Vila Mathias, do Macuco e da Encruzilhada. Boa prova a todos! Principalmente aos integrantes da Equipe Chumbrega...

quarta-feira, 2 de maio de 2012

AGROTÓXICOS


O jornal inglês The Guardian publicou recentemente uma reportagem relatando o drama de uma região da Índia que utilizou o herbicida endossulfam na sua lavoura. Segundo as pesquisas, cerca de 50% dos domicílios daquela região tem um adulto ou uma criança sofrendo severas deficiências. Dentre outros, epilepsia, paralisia cerebral e seríssimos problemas de pele e respiratórios. Os pesquisadores ainda não sabem o que acontecerá com as centenas de milhares de pessoas que foram expostas ao veneno e que estão atingindo a idade adulta. Principalmente com os filhos que elas planejam ter. Em função disso, a Suprema Corte da Índia proibiu o uso do endossulfam mas permite que as empresas vendam para outros países. Veneno, aliás, proibido em mais de 60 países.
Faço este preâmbulo para dizer que o endossulfam ainda é utilizado no Brasil. Com ele, pelo menos dez produtos proibidos na União Européia, Estados Unidos, China e até no Paraguai ainda são utilizados nas lavouras brasileiras. Não é por menos que ostentamos o título de campeão mundial do uso de agrotóxicos. De acordo com o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola, o consumo foi de um milhão de toneladas em 2009.
Se fosse cumprida, a lei que regulamenta a utilização de agrotóxicos no campo minimizaria os efeitos nocivos. O problema é a fiscalização ineficiente. Lei, aliás, que não foi regulamentada para a área urbana por vários motivos. Um deles é o solo compactado que acaba acumulando água, o que pode envenenar pequenos animais. O outro é a impossibilidade de isolar o local da aplicação por 24 horas como é feito no campo, além da dificuldade da dispersão do veneno pelo vento.
Proibido por lei, alguns municípios teimam em continuar utilizando o chamado mata-mato, expressão suave para mascarar os riscos associados a estes produtos. O correto e recomendado pelo CONAMA é a contratação de mão de obra para capinar, não envenena e gera emprego. Outra sugestão seria a contratação de moradores em situação de rua para as frentes de trabalho, minimizando assim outro problema.