A definição de oásis é a de um local aprazível contrastando com a aridez de outros locais. Eu lembro dos gibis e dos filmes de aventura da minha infância em que os palcos eram os desertos. Locais onde os aventureiros enfrentavam um calor medonho, só amenizado quando encontravam um oásis. Até quem estava lendo o gibi ou assistindo o filme, sentia-se aliviado.
Hoje, quarenta anos depois, a sensação é pior porque é real. O Saara é aqui. O Saara de concreto e de asfalto. O Saara urbano. E se o asfalto e o concreto predominam, os poucos bolsões verdes ainda existentes podem ser considerados oásis. Oásis urbanos. Alguns são públicos. Outros, não. Os hospitais Guilherme Álvaro e a Beneficência Portuguesa, o Orquidário, os Morros, o Jardim Botânico e algumas residências com quintais arborizados, são alguns dos locais que ainda resistem.
Mas, se existe um local que se destaca pelo contraste e pelo fato de ser um estabelecimento comercial, ele está localizado na esquina da Av. Senador Feijó com a Rua Joaquim Nabuco, em Santos. Um pequeno oásis na cinzenta e árida Senador. Naquele local, o comerciante abriu mão da publicidade do seu comércio para plantar árvores, arbustos e trepadeiras ao redor da sua loja. O que acabou se tornando mais atraente do que um luminoso. Local aprazível, cujo proprietário já foi advertido pelas autoridades por estar fazendo o que todos deveriam fazer. Inclusive o poder público.
Ainda bem que tem gente que faz.
4 comentários:
Tomara q todos os comerciantes e todos os cidadãos tivessem essa consciência e plantassem uma árvore na porta do seu estabelecimento ou da sua residência. Só assim salvaremos o planeta que está agonizando.
Olá, Ana Paula! Obrigado pela participação.
Concordo com você. O problema é que essa consciência não existe. Ainda recentemente, os moradores do Canal 6 fizeram um movimento reclamando das árvores daquela avenida. Alegaram que tem aumentado o índice de violência. Como se a árvore fosse a culpada da desigualdade social cada vez maior, do consumismo exacerbado e da desestruturação familiar. Além de um sistema de segurança arcaico e ineficaz.
Segundo o IPCC, reflorestar o planeta é a única solução. E a consciência mencionada por você tem de começar pela escola. E os professores têm um papel importantíssimo. Sejam eles de Biologia, Geografia ou MATEMÁTICA.
Beijos
Dia desses navegando pelo Google Earth, dei uma olhadinha no trecho onde moro, bem em frente a ferrovia que corta a cidade, próximo ao canal 3, notei um "buraco" de vegetação, uma área árida e quase sem vegetação junto ao terreno que margeia a ferrovia, fiquei um tanto triste de ver aquela situação.
Então bem em frente a minha residência plantei um arbusto, e uma árvore, juntei a uma outra que meu pai havia plantado faz uns 10 anos, agora temos uma goiabeira um ipê e dois arbustos, mas qual minha supresa quando percebo que alguns vizinhos que mataram 2 chapeus de sol na mesma rua estavam tentando ,matar a goiabeira assim como mataram o limoeiro plantado por um visinho, jogando óleo queimado em suas raízes.
Questionei a atitude e tive como resposta que as arvores além de escurecer as ruas ainda tiram a visão das janelas da casa deles.
Fiquei triste, percebi que o ser humano prefere ver congestionamentos junto a FCO.Glicério, a pássaros pousando e até se alimentando dos frutos das árvores, tentei e ainda vou conseguir transformar esse trecho em um corredor arborizado, nem que para isso eu tenha que dar umas "porradas" em alguns idiotas que tentam conviver em sociedade ditando as regras que só fazem bem a eles e nunca a coletividade.
Meu Ipê, a goiabeira e os arbustos estão lá firmes e fortes e eu vigilante sempre.
Ôpaaaa, Fernando! Temos muito em comum. Moramos próximos e sei e sinto do que você está falando. Aliás, tenho plantado algumas mudas ao longo da A. Pena. Agora, o meu oásis verdadeiro fica na R.Luiz Di Renzo(bairro São Jorge), onde mora minha mãe. Pelo mesmo Google você vai perceber uma mancha verde. Ali, eu tenho acerola, goiaba, frambroesa, ameixa, pitanga, banana, romã, limão, mamão, maracujá, etc. Isso num espaço de +- 25 m2. Para você ter uma idéia, há alguns anos atrás, na mesma rua, a prefeitura arrancou quatro árvores das calçadas a pedido dos moradores. Questionei em vão. A seguir, colhi 34 assinaturas de moradores autorizando o plantio de árvores nas suas calçadas, contanto que eu me responsabilizasse. Juntamente com mais dois moradores, conseguimos as 34 mudas e terra junto ao J.Botânico e pusemos mãos à obra. Foram 34 covas, 34 cercas protetoras e 34 árvores plantadas. Duas semanas depois as mudas já davam sinais de vida. Ao final da quarta semana, todas estavam mortas. A empresa responsável pela aplicação de mata-mato borrifou veneno ao redor das mudinhas.
Novamente trocamos a terra e plantamos novas mudas. Como a rua fica entre duas escolas, os alunos se encarregaram de destruir todas elas. Continuamos insistindo. Resumo, das 34, somente 09 sobreviveram.
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