A administração de Santos anunciou uma passagem de nível ligando a Rua Visconde de Farias, no bairro do Campo Grande, com a Rua Rio Grande do Norte, no bairro da Pompéia. No caminho tinha um abacateiro plantado ao lado da quadra onde acontecem as aulas para motociclista.
Saindo da adolescência, ainda pequena, a árvore entrou na sua fase adulta gerando dezenas, centenas de frutos da sua primeira fertilização. Mas nem isso foi suficiente para sensibilizar os donos da serra. Aquele ser vivo que em alguma época já foi considerada sagrada, foi impiedosamente abatida, trucidada, com os seus frutos caindo e rolando pelo chão. Fosse audível, o grito de terror daquela jovem mãe árvore ecoaria fundo no bairro do Campo Grande.
Em Maringá, no Paraná, uma avenida tinha de ser ampliada e no caminho tinha uma árvore que deveria ser removida. Deveria. O povo se manifestou contra, a árvore continua lá até hoje. O projeto da avenida foi alterado com a inclusão de um desvio. Em Porto Alegre, na Rua Gonçalo de Carvalho, a prefeitura aprovou um projeto para a construção de uma garagem vertical. O problema é que algumas árvores teriam de ser retiradas para a obra ser levantada. Um dos moradores, indignado, iniciou um movimento contra. O resultado foi o cancelamento do projeto. A seguir, iniciaram um outro movimento levando a Rua Gonçalo de Carvalho à categoria de Patrimônio Histórico e Ambiental. Hoje ela é referência internacional e fonte de divisas no turismo.
A dúvida que fica é se não daria para desviar a passagem de nível e evitar a derrubada da árvore aqui em Santos? Ou para removê-la e replantá-la em outro local, já que ela não era tão grande? E o Conselho do Meio Ambiente se posicionou a respeito?
Nenhum comentário:
Postar um comentário