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sábado, 21 de janeiro de 2012

IMPACTOS AMBIENTAIS DOS FOGOS DE ARTIFÍCIO

Com relação à polêmica sobre os fogos de artifício, comungo com a indignação do leitor José Carlos de Oliveira e vou mais além. Antes é bom lembrar que os fogos de artifício surgiram há mais de 2.000 anos na China que é o maior produtor do mundo. O segundo maior produtor é o Brasil. Durante a queima de fogos, milhares de partículas de dióxido de carbono são lançadas na atmosfera. Além de liberar estrôncio, uma perigosa substância tóxica, pode provocar incêndios. As pesquisas mostram que após a queima de fogos próxima ao mar, a água do entorno fica poluída pelas substâncias tóxicas emitidas. Mas é no campo da poluição sonora que o impacto talvez seja maior. Assusta aves e outros animais, alterando seus comportamentos. Principalmente os migratórios. Os animais domésticos também sofrem muito. Há relatos de cães que se enforcaram na coleira por causa do barulho dos fogos e de gatos que simplesmente desapareceram. Isto tudo somado ao lixo deixado por milhares de pessoas nos eventos realizados nas praias, rios e lagos. É isso mesmo, rios e lagos. A moda está se espalhando, nas cidades que não têm praia é ali que as queimas de fogos são realizadas.

Diante de tantos problemas relacionados, o Comitê Olímpico Internacional estuda uma proposta para proibir o uso de fogos de artifício nas cerimônias de abertura e de encerramento dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. Podem ser substituídos por shows de luzes e laser. Nada mais coerente já que os Jogos sempre defenderam a preservação do meio ambiente. Um outro motivo para a iniciativa do COI talvez tenha sido a morte de várias pombas que foram mal acondicionadas e outras queimadas ao serem soltas na abertura dos Jogos de Seul, em 1988. Junte-se a isso tudo a dificuldade de reciclagem do material. Tomara o exemplo do COI sirva de inspiração para os nossos governantes.

2 comentários:

Roberto Amaral disse...

Sem contar que nesse "Sambodromo" da Zona Noroeste antes de iniciar um desfile de bloco, digo, de escola de samba, tem uma desordenada e avassaladora queima de fogos de artifício, quem disse que combina? Na minha opinião já que não acabam com esse desfile chato e sem graça, pelo menos acabem com essa queima de fogos que além de não permitir que a vizinhança durma, fica poluindo a atmosfera, pois parece que a pólvora é misturada com estrume de rinoceronte.

Ibrahim Tauil disse...

Cá pra nós, escola de samba tem de ensinar samba. Principalmente samba de raiz. O sucesso de Zeca, Almir Guinetto, Dudu Nobre, Arlindo Cruz, Grupo Fundo de Quintal e outros deixa claro que tem existe campo de trabalho. E talentos nós temos aos montes. Basta sair no domingo pelos botecos da vida e pelas barracas de praia pra constatar a quantidade de intérpretes, percusionistas e até de compositores que existe. Aulas de percussão, cavaco e interpretação nessas escolas de samba como contrapartida do dinheiro público que recebem, deveriam ser obrigatórias. Paralelamente, rodas de samba periódicas. O poder público se encarregaria de promover os festivais e a eleição dos melhores que gravariam seus discos...É isso...