Se é uma realidade que o número de adolescentes grávidas vem aumentando, também é uma realidade a quantidade crescente de famílias desestruturadas. E numa sociedade cujos valores são determinados pela marca do carro e pela marca da roupa, as conturbações sociais aumentam na mesma proporção.
Mas existem os programas sociais, dirão alguns. Concordo, existem vários programas sociais. Cada um com as suas respectivas chefias e assessorias. E com um custo administrativo muitas vezes superior ao que se gasta com os necessitados. E, na maioria das vezes, sem sucesso algum.
Lembro de uma jovem que se envolveu com drogas e que usava o corpo para sustentar o vício. O que é muito comum, infelizmente. Veio a primeira gravidez e o primeiro filho. A seguir, a segunda e a terceira. Não sei se houve uma quarta gravidez. O que eu sei é que ela sempre foi assistida pelos programas sociais existentes.
Diante da gravidade da situação, por que não responsabilizar o pai ou os pais? E a adolescente? Numa situação dessas não caberia uma cirurgia logo após a primeira gravidez? Até porque o organismo social está doente. E a doença é grave. Assim como existem medicamentos diferentes para doenças diferentes, para os problemas sociais não deve ser diferente. Remédios fortes que devem ser utilizados paralelamente aos programas sociais de prevenção. Sendo que a prevenção passa obrigatoriamente pelo sistema educacional. A começar das creches. Assunto que fica para uma outra oportunidade.