É necessário comparar para poder decidir, já dizia o saudoso Oswaldo Justo. E fazia essa afirmação com muita insistência e muita propriedade. Lembro muito bem de uma das ações em que esse princípio foi utilizado pelo ex-prefeito. Foi quando ele ampliou as calçadas do centro de Santos. Na época, ele alegou que era necessário facilitar a vida dos pedestres. Deixando nas entrelinhas que os automóveis seriam prejudicados. Atitude que um administrador dificilmente tem coragem de tomar. E é necessário que algo seja feito para diminuir a circulação de veículos. O problema é enfrentar a indústria automobilística e a comodidade das pessoas. É mais fácil e lucrativo sob o ponto de vista político, construir viadutos, abrir túneis e ampliar e asfaltar ruas e avenidas. Além, é claro, de facilitar cada vez mais o comércio de veículos. Não importa se o pobre coitado vai pagar dois ou três carros de juros. Tampouco se ele tem onde morar ou o que comer. E essa política já vem sendo construída lá atrás com a desativação dos bondes e dos trens. A continuar assim, vazaremos a Terra com túneis e alcançaremos a Lua com viadutos e o problema só se agravará.
sábado, 15 de setembro de 2007
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