Escrever sobre o Cacique Seattle me fez recordar um fato ocorrido há algum tempo atrás, protagonizado por uma socialite carioca muito decantada pela mídia. A mesma mídia que transmitiu a festa de aniversário da sua cadelinha de estimação. Festa na qual estavam presentes convidados famosos. Atores, atrizes e outros expoentes da sociedade. Todos, extremamente afinados, com os seus animaizinhos de estimação, latiram o "parabéns pra você". Logo após foram abertos os presentes. E o presente dado pela socialite à sua cadelinha foi uma correntinha com um brilhante no valor de R$ 17.000,00. Valor anunciado com estardalhaço na mídia quando ela doou(com um toque de ironia) a mesma correntinha para a campanha "Fome Zero".
Passado algum tempo, a socialite reapareceu no Programa Fantástico visitando uma aldeia indígena. E por mais que tentasse dissimular, era patente o seu mal estar naquele ambiente simples, natural. Tão diferente do mundo superficial e hipócrita do qual emerge e faz parte.
Abordei o assunto por acreditar que ele vem de encontro à finalidade deste blog. Ele retrata muito bem a distância abissal que se formou entre a natureza e a sociedade moderna. Sociedade regida pelo consumismo predatório, trocou os altares das igrejas pelas vitrines dos shoppings. E ao se afastar da natureza, o homem vê nela algo a ser extinto. O que tem valor é a marca do carro, da roupa ou do celular. Até o cãozinho de estimação deixou de ser natural.
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