Hoje é dia de reunião do Fórum da Cidadania. Todos os terceiros sábados do mês elas acontecem na Estação da Cidadania, sempre às 15 h. O local é o mesmo da antiga Estação do Trem, localizada na Av. Ana Costa.
Naquele local, um grupo de pessoas, quase sempre o mesmo, reúne-se para discutir políticas públicas. Movimento que surgiu com o intuito de propiciar ao cidadão a oportunidade de participar mais das decisões que interferem no seu próprio destino. Eis porque algumas das decisões do Fórum terem essa característica. O Orçamento Participativo, a Tribuna Cidadã e a adoção do Referendo e do Plebiscito, são alguns exemplos.
Um outro motivo do surgimento do Fórum é a inércia ou o funcionamento equivocado das instituições que cuidam dessas políticas. A começar pelos Legislativos. Todos, em todas as
esferas, nas mãos do Executivo. E custeados com recursos públicos que não são poucos. Aqui em Santos, por exemplo, vamos gastar milhões com a nova sede da Câmara Municipal. E o argumento são os gastos com o
aluguel da sede atual. Se levarmos em consideração os relatórios anuais do Movimento Voto Consciente, nenhuma das duas despesas tem justificativa.
Diante de tanta submissão e inércia, surgiram os Conselhos. Tem Conselho até para direcionar os rumos das Sociedades de Melhoramentos de Bairros. E, ironicamente, parece ser o único que funciona. Porque os demais, salvo um ou outro, a inércia é que predomina. E predomina porque não deixam. E não adianta fazer curso de capacitação para conselheiros. É mais uma despesa e um contrasenso. Até porque existem Conselhos que são obrigados por lei a terem na presidência o Secretário Municipal. Um deles, importantíssimo na conjuntura atual, o COMDEMA (Conselho do Meio Ambiente), tem na sua presidência um diretor da SABESP. A pergunta que fica é se esses Conselhos têm poder de fogo para agir livremente? Mesmo com toda a capacitação?
É uma luta desgastante. E o pior é que o desgaste atinge a própria Democracia. Só não vê quem não quer.